postado em 04/12/2008 20:17
Autor da representação junto ao Conselho de Ética da Câmara que pediu a cassação do mandato do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o PSOL não desistiu de levar o caso de Paulinho da Força ao plenário da Câmara. Na semana que vem, integrantes do partido começarão a recolher assinaturas para que Paulinho seja julgado por todos os deputados. São necessárias, no mínimo, as assinaturas de 52 deputados para o julgamento no plenário da Câmara.
"Tenho ouvido vários parlamentares sobre a necessidade de o caso ser julgado no plenário. Alguns deputados defendem a necessidade de fazermos um recurso", disse o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). Um dos favoráveis à apreciação do processo de Paulinho no plenário é o corregedor da Câmara e segundo vice-presidente, Inocêncio Oliveira (PR-PE). Foi ele o responsável por um parecer, aprovado pela Mesa Diretora da Casa, pedindo a cassação do mandato do deputado por falta de decoro parlamentar.
O parecer do deputado Paulo Piau (PMDB-MG), que apontava a participação de Paulinho em "esquema fraudulento de liberação de verbas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)", foi derrotado no Conselho de Ética por dez votos a quatro. Foi designado, então, o deputado José Carlos Araújo (PR-BA) para dar um novo parecer, pedindo a absolvição do pedetista. A tendência é que Araújo considere as denúncias "sem justa causa", o que levará ao arquivamento do processo, sem necessidade de julgamento pelo plenário da Câmara.