Politica

AGU pretende recuperar cerca de R$ 200 mi desviados dos cofres públicos

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postado em 09/12/2008 08:37
Força-tarefa formada pela Advogacia-Geral da União (AGU) para adotar de medidas judiciais de combate à corrupção e à improbidade administrativa pretende recuperar cerca de R$ 200 milhões desviados dos cofres públicos. Só a máfia dos sanguessugas abocanhou cerca de R$ 13 milhões. Mas com a aplicação de multas aos responsáveis, o valor a ser recuperado desse grupo chega a R$ 136 milhões. As ações que resultaram de condenações impostas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) somam mais R$ 7,8 milhões. Outros casos de improbidade administrativa totalizam R$ 49,6 milhões. A máfia dos sanguessugas desviava recursos do Orçamento com a venda superfaturada de ambulâncias. A Operação Sanguessuga, executada pela Polícia Federal, resultou na responsabilização de empresários, prefeitos, secretários municipais, servidores públicos e dirigentes de entidades assistenciais. O maior volume de recursos foi desviado por prefeitos e ex-prefeitos: R$ 5 milhões. Sobre esse valor são aplicadas multas a todos os responsáveis pela liberação e aplicação dos recursos. Cada um responde pelo dobro do valor desviado. Servidores públicos foram responsabilizados pelo desvio de R$ 4,6 milhões. Dirigentes de entidades assistenciais levaram R$ 2,3 milhões. A AGU não divulgou o valor desviado pelos empresários porque eles são co-responsáveis em quase todas as ações. Entre os empresários envolvidos estão Darci e Luiz Antônio Vedoin, sócios da empresa Planam, que fabricava as ambulâncias vendidas pelo grupo. Os deputados citados pela CPI dos Sanguessugas não aparecem na lista. Eles ainda estão sendo processados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Envolvidos A força-tarefa foi constituída em 8 de outubro deste ano pelo procurador-geral da União, Jefferson Guedes. Estão envolvidos 21 prefeitos, 34 ex-prefeitos, 13 servidores públicos, dois ex-deputados e um ex-governador. O ex-governador de Roraima Neudo Campos (PP) foi responsabilizado pelo desvio de R$ 19 milhões. A maioria das ações ocorreu no Ceará (15) e na Bahia (13). Participaram 26 advogados da União. A partir de 1º de janeiro, o Grupo Permanente de Combate à Corrupção e à Improbidade Administrativa contará com mais 85 advogados da União. A força tarefa foi coordenada pelo procurador-chefe da União no estado de Mato Grosso, Cláudio Cezar Fim. Para viabilizar o ajuizamento das ações relativas à Operação Sanguessuga, a Controladoria-Geral da União (CGU) mobilizou todas as suas unidades estaduais, a fim de encaminhar aos advogados da União documentos que comprovavam os ilícitos praticados pela quadrilha. Essa ações já foram ajuizadas em praticamente todos os estados.

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