postado em 10/12/2008 19:55
Em reunião nesta quarta-feira com a cúpula do PSDB, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), manifestou sua disposição em se lançar candidato à presidência da República em 2010. Ao lançar informalmente a sua pré-candidatura aos tucanos, Aécio disse que está disposto a concorrer à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para unir o partido --embora reconheça que a legenda tem autonomia para decidir o nome que terá melhores condições de "chegada" na disputa pelo Palácio do Planalto.
Integrantes do partido que participaram da reunião afirmaram à *Folha Online* que Aécio disse estar disposto a participar "ativamente" do processo eleitoral --o que inclui a sua candidatura. Segundo parlamentares tucanos, o governador defendeu que o nome a ser escolhido pelo PSDB tenha melhores condições não apenas de "largada" na corrida eleitoral, mas também de chegar ao final com reais condições de se tornar o novo presidente brasileiro --numa referência indireta ao governador de São Paulo, José Serra (PSDB), que aparece em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto para 2010.
Oficialmente, o governador negou o lançamento de sua candidatura à presidência. "Soa como estapafúrdio alguém dizer que é candidato por si próprio. É natural que o nome do governador de Minas seja lembrado. Não é o nome do Aécio, é o nome do governador de Minas", disse.
Na opinião do governador, o partido deve neste momento "se preocupar menos com o nome do candidato" e mais com as bandeiras que serão defendidas pela legenda durante as eleições de 2010.
O governador disse que os demais partidos gostariam de ter o mesmo "problema" do PSDB, que é reunir pelo menos dois candidatos com ampla possibilidade de disputarem a corrida ao Palácio do Planalto. "Isso é estimulante, uma demonstração de que existe espaço para a nova construção do Brasil." Prévias Aécio reiterou a defesa de prévias no PSDB para a escolha do candidato que vai disputar a presidência da República. O governador disse ser favorável à realização das prévias no final de 2009 porque o partido teria pelo menos dez meses para trabalhar o nome do seu candidato no país.
"Seria compreensível iniciarmos 2010 com essa questão resolvida. Me parece o melhor para o partido para que faça, assim, a sua caminhada pelo país", afirmou.