Politica

Infiel vai ao Planalto depois de ter mandato cassado pelo STF

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postado em 18/12/2008 13:41
Um dia depois de o STF (Supremo Tribunal Federal) referendar a decisão de cassação de seu mandato por infidelidade, o deputado Walter Brito Neto (PR-PB) foi ao Palácio do Planalto. O parlamentar levantou suspeitas sobre a "celeridade" com a qual a Justiça decidiu sobre sua vida política. Brito Neto disse que desconfia ter "contrariado interesses" e comparou sua situação com o julgamento de liminares concedidas ao banqueiro Daniel Dantas. Brito Neto se reuniu nesta quinta-feira com o ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais). "Vale a pena fazer uma reflexão. Porque no caso Daniel Dantas [a Justiça] concedeu uma liminar [favorável ao banqueiro]. No nosso caso foi tudo muito rápido e com muita celeridade. Talvez tenhamos contrariado interesses", disse ele. Na conversa com o ministro, Brito Neto disse que Múcio foi "solidário" à sua situação política, mas que ambos trataram sobre questões regionais e mais, precisamente, a respeito de Campina Grande (PB). Ontem, o plenário do STF determinou que a Câmara emposse o suplente de Brito Neto, o deputado Major Fábio (DEM-PB). Com isso Brito Neto se tornou o primeiro parlamentar cassado por infidelidade partidária. Brito Neto trocou o DEM pelo PRB fora dos prazos estabelecidos pela Justiça Eleitoral. Mais uma vez, o deputado disse que estava sendo perseguido pelos democratas paraibanos. "Eu não tinha como conviver naquele partido. Fui eleito pelo povo. [O partido não pode agir] como se o mandato fosse propriedade exclusiva do partido" afirmou. A resolução do TSE determina que deputados federais e estaduais, além de vereadores que mudaram de partido depois de 27 de março de 2007, e senadores, após 16 de outubro do mesmo ano, sejam obrigados a devolver os mandatos para os partidos que os elegeram.

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