postado em 02/01/2009 17:19
Ao afirmar que não haverá core de investimentos em 2009 e que o Recife tem uma situação de "certo conforto", o novo prefeito, João da Costa (PT), previu nesta sexta-feira (02/01) queda de receita municipal, que poderá reduzir a velocidade com que a prefeitura ofertava serviços à população. "O Recife tem recursos para investimento, suas finanças estão razoavelmente equilibradas, mas com uma receita que vinha crescendo 10% ao ano", destacou, depois de dar posse ao novo secretariado. "É como se, a cada ano, se fosse tendo um reajuste de salário de 10% e este ano não teve reajuste", comparou, ao observar que, com o "reajuste", se pode fazer dívidas sem desequilibrar as finanças, "mas, se não tem reajuste, o cinto pode apertar."
"Vínhamos aumentando serviços com a velocidade que a receita permitia", disse, ao considerar necessário se "analisar melhor o cenário" e se tomar medidas que não peguem a gestão de surpresa, se houver uma piora da crise internacional. "Não haverá corte de gastos que afetem investimentos", reiterou, ao pregar prudência, mais eficiência e redução dos custos para assegurar investimentos. "Vamos tentar reduzir despesas de custeio, dar um freio maior agora, porque a situação não está sob nosso controle e, se a crise piorar e nos afetar, a gente não vai ficar estrangulado, no meio do ano, no meio da gestão."
Costa defendeu a forma como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem enfrentado a turbulência internacional e criticou "setores" que, "com mesquinharia política, ficam fazendo propaganda para que a crise inviabilize o governo Lula". O novo prefeito do Recife observou que o Brasil se preparou, tem reservas e condições de destinar recursos para investimentos públicos.