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Dois diretores dos Correios investigados pela PF são exonerados

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postado em 03/01/2009 09:13
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva exonerou ontem, por decreto, dois diretores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Segundo fontes do governo, eles perderam o cargo por serem investigados pela Polícia Federal (PF) em meio à Operação Déjà Vu, deflagrada em 31 de outubro. A ação tinha o objetivo de desmontar um suposto esquema de fraudes em licitações de órgãos públicos e na venda e transferência de agências franqueadas dos Correios. Os prejuízos à União, segundo cálculos da PF, chegariam a R$ 21 milhões. Nos Correios, teria alcançado R$ 30 milhões por ano Ao todo, a 1ª Vara da Justiça Federal em Sorocaba, no interior de São Paulo, autorizou 43 mandados de busca e apreensão e decretou 19 ordens de prisão temporária. As acusações eram de extorsão, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, advocacia administrativa, formação de quadrilha, falsidade ideológica e descaminho. A investigação começou em janeiro de 2007 e, segundo a PF, o grupo contava com a participação de funcionários dos Correios. As primeiras suspeitas surgiram em Votorantim, região de Sorocaba. Outro golpe, também de acordo com a PF, consistia na transferência ilegal de serviços de postagens de grandes clientes para uma franquia específica, privilegiando interesses particulares. Para substituir, interinamente, os dois diretores exonerados por Lula, o governo nomeou dois funcionários de carreira da estatal.

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