Politica

Deputado Pinduca Ferreira é protagonista de nova polêmica

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postado em 06/01/2009 13:25
A família Caminhas é sinônimo de confusão. Começando pelo pai, deputado estadual Pinduca Ferreira (PP). Ele lidera a lista de problemas e, no último domingo, foi protagonista de mais um episódio. Foi levado por policiais militares a uma unidade de atendimento médico depois de brigar com familiares no Bairro PTB, em Betim. Com escoriações pelo corpo, ele apresentava sinais de embriaguez e se recusou a receber socorro médico. Chegou a dirigir sua caminhonete até a casa de um irmão, no mesmo bairro. De acordo com militares, ele desacatou autoridades, quebrou garrafas e se recusou a fazer o teste do bafômetro. Segundo o tenente Erivelton, do 33º Batalhão da Polícia Militar, que atendeu a ocorrência, a viatura foi acionada por volta das 21h50 para comparecer até a casa do filho de Pinduca, o vereador Léo, no PTB, por conta de uma briga. Assim que chegaram ao local, o deputado entrou numa caminhonete e fugiu. Militares conseguiram encontrá-lo na casa de seu irmão, no mesmo bairro. Na casa do filho, Pinduca provocou vários danos. Nem pai, nem filho foram encontrados ontem para comentar o caso. A combinação bebida e escândalos é pano de fundo para uma briga familiar com ramificações na política. É que desde o ano passado pai e filho não se entendem. Insatisfeito com o controle excessivo do pai, Léo do Pinduca batalhou pela eleição de Carlos Roberto, o Beto do Depósito (PSC), à presidência da Câmara Municipal. E conseguiu. O vereador reeleito assumiu o comando da Casa, contrariando os planos de Pinduca. Ele estava empenhado em eleger o vereador Almir Nogueira (PMDB), que encabeçava a chapa da prefeita eleita Maria do Carmo Lara (PT). A esperança de Pinduca era conquistar uma vaga para sua filha Luciene Caminhas, que é suplente de vereador, com a ida de algum parlamentar para secretarias do novo governo. Não deu certo. O resultado da votação foi 9 a 8. No dia da posse da prefeita eleita e dos vereadores, Pinduca bateu o carro em um poste, próximo ao ginásio poliesportivo, onde acontecia a cerimônia. Ele foi levado para o Hospital da Unimed. Para alguns, foi mais uma tentativa frustrada de chamar a atenção do filho e convencê-lo a votar em Almir, garantindo mais um integrante da família Caminhas no Legislativo de Betim. Além de Léo, o irmão de Pinduca, Maurício Caminhas (PTC), também é vereador e já teve problemas com a polícia. Foi flagrado transportando animais silvestres sem autorização. Mesmo antes da posse, na diplomação dos eleitos, em 18 de dezembro, Pinduca protagonizou outro barraco. O assunto era o mesmo: o pai não queria perder o apoio do filho, que começa a querer traçar seu próprio caminho na política. Eles brigaram e alguns presentes chegaram a dizer que houve agressão física. ;Um por todos e todos por um; O lema dos Três Mosqueteiros parece não valer mais para a família de Pinduca. Por diversas vezes, o parlamentar foi acusado de ;corporativista; por privilegiar seus parentes. Quando a súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) que proíbe o nepotismo entrou em vigor, ele teve de demitir oito pessoas da família que estavam lotadas em seu gabinete na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), incluindo a mulher, sobrinho, filhos, irmã. Antes, chegou a perguntar ;nepô, o quê?;, quando questionado por repórteres sobre o trabalho dos parentes. No PTB, seu principal reduto eleitoral, ele mantém uma organização não-governamental e um escritório político, onde integrantes da família Caminhas trabalham. Em dia de festa, é lá que os funcionários montam um frigorífico improvisado para organizar as carnes e os alimentos que são levados para as comunidades carentes. Léo do Pinduca mantém seu gabinete no mesmo bairro e uma garagem com dois ônibus, um caminhão, ambulâncias e carros timbrados com a marca de Pinduca, seu nome e um coração, guardam os carros usados pelos dois.

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