postado em 13/01/2009 15:59
O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), negou que exista uma movimentação interna no PMDB para evitar sua reeleição. Garibaldi voltou a afirmar que não tem conhecimento de que o senador José Sarney (PMDB-AP) teria aceitado se lançar candidato ao comando da Casa. O peemedebista disse que não pretende desistir da candidatura e sustenta que não foi abandonado pela cúpula do partido.
Garibaldi afirmou que a única articulação que tem conhecimento é a condução do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para a liderança do partido na Casa. Renan teria conseguido o apoio da maioria dos senadores peemedebistas em uma lista que não contou com a assinatura de Garibaldi.
O presidente do Senado disse que preferiu não participar da votação. "Isso está certo. Renan será o líder da bancada. O Renan teve mais votos que o Raupp [Valdir, atual líder do partido], mas eu achei que, como presidente, não deveria me envolver", disse o peemedebista.
Para Garibaldi, enquanto não houver um apelo da bancada para a sua saída da disputa pelo comando da Casa, a briga permanece polarizada entre ele e o petista Tião Viana (PT-AC). "Eu não quero desistir. Agora, não quero ser mais realista que o rei. Se a bancada abrir mão da minha candidatura, não há o que fazer", afirmou.
A reportagem apurou que líderes do partido costuram um acordo para que o nome do PMDB na corrida seja o de Sarney, enquanto a liderança ficaria com Renan Calheiros (AL) e o atual líder, senador Valdir Raupp (RO), seria conduzido para a liderança do governo no Congresso.
Garibaldi disse que não foi informado sobre a articulação, mas nega que seja sinal de abandono. "Eles não me ligaram. Ninguém me disse mais nada. Acho que é por causa das férias", afirmou.