postado em 13/01/2009 20:18
Indicado pelo PT para compor a chapa do deputado Michel Temer (PMDB-SP) à presidência da Câmara, o deputado Marco Maia (RS), disse nesta terça-feira que o PT não vai abandonar o peemedebista. O risco, segundo alguns petistas, existe em decorrência de o PMDB vir a lançar o senador José Sarney (AP) para a sucessão no Senado obrigando o senador Tião Viana (PT-AC) a abrir mão da candidatura para o cargo.
"O apoio do PT ao deputado Michel Temer está consolidado. O debate na Câmara não está colado ao do Senado [independentemente de o] resultado que ocorrer", afirmou Maia, que foi hoje com Temer para um almoço no Rio, no qual participaram o governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB), o prefeito da capital, Eduardo Paes (PMDB) e cerca de 30 deputados federais de várias legendas.
De acordo com Maia, o eventual lançamento de Sarney na disputa pela presidência do Senado não ameaça o acordo dos petistas, que fecharam apoio em favor de Temer para o comando da Câmara. "O assunto foi exaustivamente discutido na bancada e todos foram unânimes em defender a posição [de apoio a Temer]", disse o deputado.
Mas interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não têm a mesma segurança de Maia ao avaliarem o assunto. Tanto é que Lula pretende se reunir com o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini (SP), para buscar uma solução negociada.
Alguns governistas afirmam que o PMDB ao lançar candidatos favoritos para ocupar as presidências das duas Casas --Senado e Câmara-- rompe com um acordo firmado no passado com o PT, no qual os petistas ficariam com um dos comandos.
Sarney é apontado por integrantes da bancada do PMDB como o nome capaz de unir votos da oposição e da base aliada, enquanto Temer já obteve a garantia de apoio de 12 partidos políticos e aguarda o PDT para o dia 21. As eleições para as presidências da Câmara e do Senado ocorrerão dia 2.