postado em 13/01/2009 20:21
O senador Tião Viana (PT-AC) que disputa a corrida pela presidência do Senado afirmou nesta terça-feira que não pretende recorrer à Justiça se perder a eleição para o atual presidente da Casa, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), que busca a reeleição. A participação de Garibaldi na disputa é cercada de incertezas porque o regimento interno da Casa define não ser possível a reeleição para a presidência do Legislativo dentro da mesma legislatura. Tião disse que um possível questionamento sobre a viabilidade do peemedebista buscar mais uma vez o cargo é uma decisão individual dos senadores que interpretarem a eleição de Garibaldi como uma infração ao regimento. "O meu interesse é ganhar a eleição em votos, não estou interessado em qualquer tipo de dúvida jurídica, isso é questão de terceiros e não minha", afirmou Tião.
A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), já fez contestações na possibilidade do presidente do Senado disputar um novo mandato para o cargo e cogitou levar a disputa para ser decidia pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Garibaldi, no entanto, argumenta que seu mandato é tampão e se baseia em pareceres de juristas para sustentar sua candidatura. "Tenho segurança de que posso concorrer a um novo mandato", disse o peemedebista.
Lula
Os dois candidatos descartaram procurar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar da disputa pela presidência do Senado. Tião disse ainda que não tem informação de nenhum movimento do presidente Lula a favor de uma possível candidatura do senador José Sarney (PMDB-AP), apontado como candidato de consenso. Para Tião, a sua candidatura continua sendo a opção do presidente e do Palácio do Planalto. O petista afirmou que sua candidatura tem respaldo do partido e é considerada irreversível. "Não há receio algum. Minha candidatura foi apresentada por cinco partidos e será sustentada até o dia 2 de fevereiro", afirmou Tião.
Na possibilidade de Sarney entrar na briga pelo comando do Senado, Tião afirmou que não declinaria da disputa. Por outro lado, Garibaldi disse que poderá refletir sobre o lançamento de uma candidatura avulsa. "Vou refletir porque não tem coisa pior do que candidato sem voto", disse o peemedebista.