Politica

Deputados querem mudar critérios de escolha de adidos agrícolas

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postado em 14/01/2009 15:32
Deputados querem mudar critérios de escolha de adidos agrícolas Parlamentares ligados ao agronegócio defenderam mudanças nos critérios para a escolha de adidos agrícolas - profissionais que vão atuar junto à diplomacia brasileira para promover o setor em outros países. Segundo decreto editado em maio do ano passado (6.464/08), só poderá ser indicado ao cargo servidor do Ministério da Agricultura ou empregado de empresa pública ou sociedade de economia mista federais cedidos ao ministério. Para o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), a adoção desse requisito é ruim para o interesse brasileiro. Ele defende a possibilidade de que os adidos sejam escolhidos por seu currículo, conhecimento do setor e capacidade de negociação, independentemente de serem funcionários públicos ou não. "Não podemos criar cartórios e nichos que venham beneficiar apenas quem seja funcionário de carreira", disse Caiado. Para o deputado, essa medida não vai sobrepor o aspecto político ao técnico na escolha dos adidos agrícolas. A ideia de Caiado é que o escolhido para ser adido também seja sabatinado pela comissões de Agricultura da Câmara e do Senado, pelo Ministério da Agricultura e por outros ministérios. Caiado lembra que a sabatina do Legislativo já é adotada na escolha dos presidentes do Banco Central e de agências reguladoras. O decreto do governo, no entanto, não prevê a análise pela Câmara e pelo Senado dos nomes para ocupar o cargo de adido agrícola. O deputado Carlos Melles (DEM-MG) também afirmou que os futuros adidos agrícolas precisam ter diversas origens funcionais, além de serem sabatinados pela Câmara e pelo Senado. Ele ressaltou, no entanto, que a criação do cargo é positiva, pois é uma demanda antiga, que vem desde 1995. Caiado, por sua vez, considerou insuficiente o número de adidos agrícolas previstos (oito). Segundo o decreto, esses adidos vão passar por treinamento no Instituto Rio Branco, do Ministério das Relações Exteriores, e vão atuar em Buenos Aires, Bruxelas, Genebra, Moscou, Pequim, Pretória, Tóquio e Washington.

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