Politica

De olho em 2010, Aécio Neves viajará à Paraíba

Governador mineiro aceita convite para ir ao estado nordestino, onde iniciará série de viagens pelo país em busca de apoio para prévias

postado em 15/01/2009 08:58
O governador Aécio Neves aceitou ontem o convite do governador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) para ir à Paraíba, dentro de dois meses, falar sobre os resultados do choque de gestão que aplicou no governo de Minas. O convite se encaixa no projeto de Aécio Neves de viajar por todo o país em busca de apoio à realização de prévias no PSDB para escolha do candidato tucano que vai disputar a sucessão do presidente Luís Inácio Lula da Silva. O seu concorrente direto nas prévias ; cuja dimensão ainda está em discussão na bancada do partido ; é o governador paulista, José Serra. O governador mineiro também despachou com outro tucano, o deputado paulista Ricardo Tripoli. Além de discutirem sobre as prévias, Aécio também fez articulações com Tripoli sobre o futuro da liderança do PSDB na Câmara dos Deputados e sobre a secretaria da Mesa Diretora daquela casa. Há quatro candidatos do partido pleiteando a vaga de líder, de acordo com Tripoli: Emanuel Fernandes (SP), Gustavo Fruet (PR), José Aníbal e Paulo Renato (SP). A decisão sobre o novo líder e a secretaria da Mesa será tomada pelo PSDB no dia 27, numa reunião da Executiva do partido em Brasília. ;Nós não fechamos com nenhum nome, mas sabemos da dificuldade para a reeleição de José Anibal;, afirmou Tripoli à saída da audiência no Palácio da Liberdade. Segundo ele, há um princípio estabelecido pela bancada tucana, segundo o qual é obrigatório o revezamento anual na liderança. Portanto, isso veda a reeleição de Aníbal. Para a secretaria da Mesa, o candidato mineiro é o médico Rafael Guerra, que aparece como franco favorito. ;Se depender de mim, ele já está eleito;, afirmou Tripoli, que considera o lançamento de Eduardo Gomes (TO) como avulso à disputa do cargo com Guerra, como sadia e democrática ; mas sem grandes pretensões . Minas 2010 ;Minas teve resultado excepcional no campo fiscal, como a Paraíba;, acentuou o governador Cunha Lima, que também à saída da reunião defendeu a realização das prévias e a democratização do processo de escolha do candidato à disputa presidencial no PSDB. ;(O processo eleitoral de) 2010 passa por Minas;, disse o paraibano, ao defender critérios palpáveis para a escolha do candidato tucano. ;Decisões herméticas são coisa do passado no PSDB. Os estados não podem ficar alijados do processo;, afirmou ele. O governador acha que a escolha precisa observar o candidato capaz de agregar mais apoios e engordar a campanha. ;Se não fizermos isso, o problema é simples: vamos perder a eleição de novo;, alertou Cunha Lima, numa referência aos últimos resultados tucanos na disputa pela presidência. Serra perdeu para Lula em 2002 e Geraldo Alkcmim, em 2006. Para Cunha Lima, um dos motivos da derrota foi a falta de interação com a sociedade para a definição dos candidatos. ;Se o partido achar que assim (sem discussão) não estará cometendo um erro, vamos repetir o erro grave do passado;, acentuou. Já Tripoli procurou amenizar as críticas ao partido, com o argumento de que ;o PSDB nunca esteve tão junto;. Mas disse que não há pressa na definição do nome do candidato presidencial: será depois de julho. ;O único que já escolheu seu candidato é o Lula (a Dilma Rousseff); nós do PSDB temos cautela e os dois melhores quadros;, avaliou. Para ele, o partido amadureceu e encara com otimismo a disposição de Aécio e Serra disputarem abertamente a vaga de candidato presidencial. ;A somatória deles é importante, pois o governo (Lula) está desgastado;, observou. Mais grave ainda, no entender de Tripoli, é a situação econômica, que vai trazer problemas à candidata da situação. ;O PT não vai ter como cumprir compromissos assumidos;, contextualizou, referindo-se aos programas tocados pela ministra Dilma e às dificuldades do governo em manter o fluxo financeiro para execução das obras neste e no ano que vem, quando a campanha estará nas ruas. Governo pede explicações Em reunião com representantes de seis empresas de telefonia, o secretário de Justiça de São Paulo, Luiz Antonio Marrey, cobrou ontem das operadoras explicações sobre os grampos ilegais e a quebra de sigilos bancários que ocorreram no estado. A Polícia Civil de São Paulo prendeu na semana passada nove pessoas suspeitas de integrarem o esquema. Entre os presos estão detetives, funcionários de bancos e das operadoras. Policiais também são suspeitos de participarem do esquema ; eles teriam forjado autorizações judiciais de quebra de sigilo telefônico enviadas para as operadoras de telefonia. As empresas ;Claro, Embratel, Oi, Telefônica, TIM e Vivo ; terão 30 dias para detalhar as providências que já foram ou poderão ser tomadas. ;A reunião não foi uma ameaça, mas lembramos às operadoras de suas responsabilidades com os direitos do consumidor. A vítima tem o direito de ser indenizada;, disse Marrey.

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