Politica

Polícia indicia 16 em caso de grampos ilegais e quebra de sigilo bancário

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postado em 15/01/2009 18:47
A Polícia Civil concluiu nesta quarta-feira (15/01) o inquérito da Operação Spy 2, que investigou um esquema de escutas telefônicas clandestinas e de quebra de sigilo bancário. Ao todo, 16 pessoas foram indiciadas por formação de quadrilha e quebra ilegal de sigilo fiscal, bancário e telefônico. Entre os nomes apresentados pelo delegado Ruy Ferraz Fontes, responsável pelas investigações, oito deles foram presos na semana passada, quando a polícia deflagrou a operação. Na ocasião, o delegado informou que 20 pessoas eram investigadas --entre policiais, funcionários de bancos, executivos e funcionários de operadoras de telefonia. Rosimeire da Silva Scrittore, apontada pela polícia como uma das "cabeças" da organização, está entre as indiciadas. O advogado dela, Carlos Sanseverino, afirma que sua cliente é inocente e não está envolvida no esquema. Segundo a polícia, as investigações começaram em 2004 com a suspeita de fraude em ofícios de quebra de sigilo telefônico enviados para operadoras de telefonia. Policiais civis seriam responsáveis por "forjar" as ordens judiciais. Eles são investigados pela Corregedoria da Polícia Civil. Além das escutas ilegais, o esquema também seria responsável por obter dados bancário de suas vítimas. Os policiais identificaram funcionários de empresas de telefonia e de bancos que, junto com detetives particulares, obtinham informações sigilosas para revendê-las a clientes. De acordo com a polícia, centenas de pessoas foram vítimas do esquema. Entre os clientes estavam empresários, pessoas interessadas em informações sobre seus parceiros conjugais e também políticos. O deputado José Aníbal revelou que foi uma das vítimas. Para conseguir essas informações, os detetives pagavam comissões que variavam de R$ 200 a R$ 2.000. A polícia, no entanto, ainda não descobriu por quanto as informações sigilosas eram revendidas.

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