Politica

Roriz gostaria de ver Maurício Corrêa como candidato ao Senado pelo PMDB

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postado em 31/01/2009 08:07
O ex-governador Joaquim Roriz (PMDB) procura antigos aliados para refazer um círculo político forte para as próximas eleições. Um dos nomes que o grupo rorizista gostaria de ver candidato no Distrito Federal é o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Maurício Corrêa. O plano que vem sendo elaborado é o lançamento do ministro aposentado na disputa ao Senado pelo PMDB, o que congestionaria ainda mais o concorrido cenário em busca de cargos majoritários em 2010. Roriz tem analisado nomes para se contrapor ao deputado Tadeu Filippelli, presidente regional do PMDB, que se aproximou do governador José Roberto Arruda (DEM) e praticamente conseguiu unir o partido em torno do Executivo local. Pessoas próximas do ex-governador contam que ele vai procurar Maurício Corrêa, com quem dividiu o palanque em 2006, para conversar sobre a possível candidatura. O ex-presidente do STF chegou a ser cotado como o candidato da base rorizista nas últimas eleições ao Governo do Distrito Federal. Na última hora, no entanto, Corrêa integrou como vice a chapa encabeçada pela então governadora Maria de Lourdes Abadia (PSDB) à reeleição, que ficou em segundo lugar na corrida ao Palácio do Buriti. O ex-presidente do STF, no entanto, disse ao Correio que não tem conhecimento da estratégia pensada pelos aliados de Roriz. ;Só aceitaria (ser candidato) por gravidade. Como isso não acontece em política, será muito difícil;, afirmou. Corrêa nega que existam mágoas entre ele e Roriz, mas diz que só continua filiado ao PMDB por conta de uma boa relação com Filippelli. ;Tenho me dedicado ao direito, à escrita e aos livros. Não tenho pensado em candidatura;, disse o ex-presidente do STF, que mantém um escritório de advocacia no Lago Sul. Sobre o ex-governador, ele afirma que há tempos não o encontra, tampouco conversa com Roriz, nem mesmo por telefone. ;Roriz está tocando a vida dele e eu, a minha;, disse. Roriz não gostou de Filippelli ter aberto um canal de interlocução com Arruda e indicado toda a diretoria da Novacap. O deputado federal que sempre fez política a seu lado começou a buscar um caminho próprio. Com isso, o ex-governador e seu grupo de aliados mais próximos começam a buscar estratégias para tentar isolar Filippelli e evitar a candidatura dele ao Senado ou de vice-governador. Uma das medidas pensadas é conseguir, depois da eleição das Mesas Diretoras no Congresso, uma intervenção nacional que mude o atual comando do PMDB-DF. Mas se o presidente nacional do PMDB, Michel Temer (SP), conseguir se eleger presidente da Câmara, Filippelli sairá fortalecido no partido. Ele é vice-líder da legenda na Casa e conseguiu costurar um acordo praticamente sacramentado para se eleger presidente da poderosa Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, onde muitas matérias são aprovadas em caráter terminativo.

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