Politica

Candidatos a Presidência da Câmara dos Deputados contam os votos

Oficialmente, Michel Temer teria o apoio de 427 deputados, mas o voto secreto embala esperança dos adversários

postado em 01/02/2009 08:33
A campanha do deputado Michel Temer (PMDB-SP) à Presidência da Câmara dos Deputados conta com apoio oficial de 14 partidos, que representam 427 deputados. Seria mais do que suficiente para lhe garantir a vitória e compor a Mesa Diretoria com as vices e as secretarias como bem entender. Mas o cenário não é róseo, como gostariam os peemedebistas. Os deputados Aldo Rebelo (PCdoB-SP), Ciro Nogueira (PP-PI) e Osmar Serraglio (PMDB-PR), correndo por fora, fazem contas para ver se tem cacife para levar a disputa para o segundo turno, reverter a tendência e sair vitoriosos. A esperança é alimentada pela traição de deputados que fazem parte dos partidos que apoiam Temer , mas que trabalham dia e noite contra a orientação da cúpula das legendas. Aldo Rebelo é o candidato oficial do bloco de esquerda, formado por PSB e PCdoB. Os apoiadores de maior expressão do comunista são o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), mas ele conta com simpatizantes do DEM e do PDT. ;Não tenho dúvida que vai ocorrer um movimento contrário ao Temer. Ainda não dá para quantificar, mas tenho certeza;, disse o deputado Mário Heringer (PDT-MG). A busca por traidores é tão voraz que, nas relações de votos dos candidatos, os nomes se repetem. O PRB está na lista de Aldo, Serraglio e de Temer. Um deputado do DEM que prometeu votar no deputado comunista deu a seguinte declaração. ;A eleição é individual, sou amigo dos três, mas esta eleição não pode ser baseada em amizade, é em afinidade do projeto político. Se o Michel me liga, eu digo que voto nele, se o Ciro me liga, digo que voto nele e se o Aldo me liga, também digo que voto nele. Para agradar a todos, teria que votar três vezes;, disse esse democrata, que garante arrebanhar votos para o comunista dentro de seu partido. Aldo também conta com a simpatia de um grupo reduzido do PT, que ainda não fechou o voto nele, mas ameaça a dissidência. Leia mais na edição impressa.

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