postado em 02/02/2009 12:54
Começou há pouco a sessão que vai escolher o novo presidente do Senado. Os líderes partidários começaram discursando. O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), criticou o continuísmo que a candidatura do peemedebista José Sarney (PMDB-AP) representa e afirmou que seu partido irá votar no candidato petista Tião Viana (PT-AC), porque ele concordou com as 12 reivindicações do partido para que tivesse seu apoio.
"Foi feita uma escolha. O PSDB não está votando em vossa excelência e no seu partido, está votando na assinatura que o senhor colocou no documento de 12 questionamentos a respeito dessa Casa", acrescentou.
Segundo Arthur Virgílio, o voto em José Sarney representa a "não-mudança". "Não estou aqui votando como sócio do Iate Clube para escolher o comodoro. Estou votando e falando abertamente para a nação. Por mais que quisesse, vossa excelência [Sarney] se frustraria, porque as forças do seu entorno não permitiriam a mudança", disse citando os senadores peemedebistas Renan Calheiros (AL), Gim Argello (DF) e Romero Jucá (RR), principais articuladores da candidatura de Sarney.
"Nesse momento meus prezados Renan Calheiros, José Sarney, Gim Argello e Romero Jucá, não estarei com vossas excelências", comentou.
O líder do PSB, senador Renato Casagrande (ES), disse esperar que a escolha do novo presidente, independentemente de quem seja reaproxime o Senado da sociedade. "O que desejamos é que, após esse resultado, possamos aceitá-lo de forma inevitável e que o Senado possa restabelecer a sua agenda e fazer a reaproximação com a sociedade brasileira", disse.
A escolha do presidente e dos outros membros da Mesa Diretora será feita por votação secreta. Para ser eleito é preciso ter maioria dos votos estando presentes em plenário, pelo menos 41 dos 81 senadores da Casa.