Politica

Após eleições no Congresso, governo defende reequilíbrio de forças

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postado em 02/02/2009 21:10
Depois de o PMDB conquistar nesta segunda-feira (2/02) as presidências do Senado e da Câmara pelos próximos dois anos, o ministro de Relações Institucionais, José Múcio, deixou a reunião ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falando da necessidade de se fazer um reequilíbrio de forças dentro da base aliada. ;Não houve surpresa. Todo mundo já imaginava como seria o resultado. Entendemos que as duas Casas são soberanas e experientes para escolher seus representantes;, afirmou. ;Nós já vínhamos trabalhando com o PMDB. Agora, só reequilibrar as forças, as demandas e manter o diálogo;, completou o ministro, sem detalhar como será a acomodação das forças políticas, apenas informando que dará início às conversas na próxima semana. Múcio garantiu que os cargos ocupados pelos peemedebistas no Executivo serão mantidos. ;Os ministérios se mantêm os mesmos;, disse. ;Por mais democrático que seja, sempre depois do resultado há sempre o ressentimento. Os vitoriosos com alegria e os ressentidos com a tristeza da derrota, mas o governo entende que foi livre a escolha dos parlamentares;, afirmou. Questionado se o Palácio do Planalto recebeu as vitórias do PMDB com alegria ou ressentimento, o ministro esquivou-se na resposta: ;O Palácio está com a consciência tranqüila de que as Casas está em mãos responsáveis, experientes;. Mensagens Durante a reunião ministerial, que durou dez horas na residência oficial da Granja do Torto, Lula e os ministros foram avisados sobre o andamento das eleições e o resultado por meio de mensagens recebidas de interlocutores e conversas paralelas, como relatou José Múcio. Após a entrevista à imprensa, Múcio informou que iria parabenizar o deputado Michel Temer (PMDB-SP), eleito presidente da Câmara com 304 votos. Já José Sarney (PMDB-AP) teve 49 votos, contra 32 do adversário, o petista Tião Viana (AC). É a terceira vez que Temer e Sarney ocupam os comandos das duas Casas do Legislativo. Os únicos ausentes ao encontro com o presidente Lula foram os ministros de Minas e Energia, Edison Lobão, representado pelo seu secretário-executivo, e Nilcéa Freire, a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. Foi a primeira reunião ministerial do ano.

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