Politica

Governo empurra candidatura de Dilma; oposição tenta brecar

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postado em 13/02/2009 09:43
Oposição e governo estão de acordo em uma coisa: a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ganhou desenvoltura como candidata à Presidência da República. Cada um dos dois lados prepara a estratégia para o novo cenário. No Palácio do Planalto, a meta é acelerar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o anúncio de medidas em resposta à crise, a fim de garantir cada vez mais visibilidade à preferida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já PSDB e DEM querem colocar um freio no que consideram ;pré-campanha antecipada; da ministra. Para tanto, prometem recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima semana. ;O governo passou de todos os limites. Está usando a máquina pública na pré-campanha da Dilma;, acusa o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ). ;É impossível imaginar como será a campanha do PT. Já em 2009 assistimos perplexos à campanha de uma candidata que sequer foi lançada. É uma total falta de responsabilidade e completo desrespeito à luta democrática;, reforça o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). Os oposicionistas resolveram reagir à escalada da ;mãe do PAC; depois da repercussão do Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas, realizado na terça e na quarta-feira passadas. Organizado pela Presidência da República, a reunião garantiu ao presidente Lula e a Dilma, nos dois dias, uma plateia de 5,3 mil dos 5,6 mil prefeitos do país, segundo os responsáveis pelo evento. A ministra discorreu sobre o PAC e conclamou os governantes municipais a anteciparem a realização de obras para gerar empregos e movimentar a roda da economia. Fez um discurso de viés técnico, conforme governistas, o que rechaçaria a tese de campanha antecipada esgrimida por tucanos e democratas. ;A oposição está preocupada porque a cada pesquisa sobem os índices de intenção de voto em Dilma. Isso resulta da exposição dela na mídia correspondente ao cargo que ocupa;, afirma o deputado Vieira da Cunha (RS), presidente em exercício do PDT. Em fevereiro de 2008, a ministra tinha 4,5% em levantamento da CNT/Sensus. Em janeiro passado, saltou para 13,5%. Nas duas situações, o candidato do PSDB é o governador de São Paulo, José Serra. ;É só analisar o conteúdo dos pronunciamentos da ministra. São técnicos. Ela tem o direito e o dever de expor os programas do governo;, acrescenta o pedetista. Leia mais na edição impressa do Correio Braziliense

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