Politica

Para reduzir gastos, Sarney determina cortes em ligações telefônicas do Senado

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postado em 17/02/2009 13:27
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), vai assinar nesta terça-feira (17/02) ato que reduz os gastos da Casa Legislativa com ligações telefônicas. Na tentativa de cumprir a promessa de redução de gastos no Senado, Sarney vai proibir que 300 ramais da Casa realizem ligações interurbanas - o que ocorre atualmente em vários gabinetes do Congresso. O Senado ainda não divulgou a economia que os cortes nos ramais vai representar aos cofres públicos. Sarney deve, nas próximas semanas, divulgar atos de redução de gastos na Casa para cumprir uma de suas promessas de campanha - que é diminuir os gastos públicos no Legislativo. No início de fevereiro, logo após tomar posse na presidência do Senado, Sarney determinou o corte de 10% no orçamento e de custeio e investimento da Casa - no total de R$ 51,1 milhões em economia. A redução em gastos telefônicos está dentro da meta da Casa de diminuir seus gastos - uma vez que, pelo modelo atual, as chamadas realizadas nos gabinetes dos 81 senadores são ilimitadas. Para os senadores, o uso do telefone celular também é livre, com os custos pagos pelo Senado. Os senadores ainda têm uma cota mensal de R$ 500 para o reembolso de chamadas realizadas em seus telefones residenciais. Reportagem da Folha afirma, com base em dados do Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira), que no ano passado Sarney recebeu R$ 5.971,38 em reembolso. O dinheiro saiu dos cofres da União. Em 2008, portanto, Sarney só economizou R$ 28,62 do limite máximo que poderia gastar. Empréstimos Outro ato que será assinado nesta terça-feira por Sarney fixa em 1,6% ao mês a taxa de juros cobrada dos servidores da Casa em empréstimos consignados oferecidos por empresas financeiras. Cerca de 40 empresas disponibilizam empréstimos atualmente aos servidores da Casa descontados nas folhas de pagamento, com taxas de juros ilimitadas. O ato prevê que as instituições que não se adequarem à medida terão os contratos cancelados com o Congresso.

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