Politica

PT contestará 'PAC do Serra' e fará agenda para Dilma

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postado em 17/02/2009 19:56
O Partido dos Trabalhadores (PT) começa a colocar em prática uma ofensiva contra um dos principais nomes da oposição na disputa presidencial de 2010, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). O partido convocou para amanhã uma reunião com a imprensa para contestar os efeitos do "PAC paulista", pacote de R$ 20,6 bilhões anunciado na semana passada pelo governador paulista com medidas de estímulo à economia local, desoneração de investimentos e manutenção de empregos. Além de contestar o PAC de José Serra, o PT paulista pretende também trazer a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, virtual candidata da legenda à sucessão de Lula em 2010, para uma agenda no Estado. A ideia do PT é fazer uma análise das medidas adotadas pelo governo Lula e as apresentadas pelo governador Serra para o enfrentamento da crise econômica, com foco para o fato de que as medidas tucanas representam apenas uma reedição de propostas já anunciadas pelo governo paulista. Segundo lideranças petistas, Dilma deve se reunir com militantes e visitar algumas obras tocadas por Serra que são bancadas também pelo governo federal, entre elas a ampliação do metrô paulistano. Amanhã, em uma entrevista coletiva em um hotel da capital paulista, membros da cúpula do PT de São Paulo irão sustentar que a maioria das medidas do "PAC de Serra" já haviam sido anunciadas anteriormente e que o governador paulista foi omisso por divulgar o pacote quase seis meses depois do início da crise mundial de liquidez. A posição já havia sido adiantada pelo ex-ministro e deputado federal cassado José Dirceu, que, em seu blog, no dia 12, fez críticas sobre a demora para que o tucano tomasse medidas ante a crise. "Nossa avaliação é que o PAC que ele (Serra) anunciou é positivo e foi melhor que ficar com a postura que era a da completa omissão", disse à Agência Estado o presidente estadual do PT em São Paulo, Edinho Silva. "Mas o problema é que a maioria das propostas ele está reanunciando", completou. As críticas dos petistas atingirão ainda a Agência de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, criada para concentrar as principais ações de fomento do "PAC paulista". Segundo Silva, "a expectativa era que a Agência pudesse cumprir um papel de enfrentamento à crise, mas, pela apresentação das medidas, ela terá um papel muito secundário e com 70% dos recursos contingenciados".

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