postado em 18/02/2009 07:55
A primeira conta de telefone do ano na Câmara Legislativa está na contramão do que planeja a nova gestão da Casa: economizar. A fatura referente a ligações feitas entre 15 de novembro e 15 de dezembro de 2008 é de R$ 260 mil, mais de três vezes o valor pago em outubro e o dobro da previsão de orçamento feita ao longo de 12 meses. Se essa média se repetisse ao longo de um ano, a Câmara precisaria de R$ 3,2 milhões só para falar ao telefone. A nova Mesa Diretora da Casa já desautorizou o pagamento da fatura em aberto e mandou apurar os motivos do aumento de 200% na conta.
A diferença de valores entre outubro e novembro do ano passado coincidiu com a mudança de operadora na Câmara Legislativa, que migrou da GVT para a Brasil Telecom. No final do ano, foi realizado pregão presencial para escolher a empresa que prestaria o serviço. Participaram da disputa a GVT, a Embratel e a Brasil Telecom, que venceu a concorrência.
Apesar de um dos critérios do pregão ser o do menor preço, a Presidência pretende rever o contrato assinado com a Brasil Telecom. ;Não faz o menor sentido nosso esforço para cortar gastos e uma conta desse valor absurdo;, considerou o recém-chegado presidente da Câmara, Leonardo Prudente (DEM). O contrato assinado com a operadora prevê para 12 meses orçamento de R$ 1,6 milhão, dinheiro que com a conta apresentada em dezembro seria consumido em apenas seis meses.
