Politica

Governo quer mais participação de partidos aliados em ações contra crise

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postado em 18/02/2009 14:41
O governo pediu nesta quarta-feira (18/02) aos líderes da base aliada no Congresso que tenham mais participação na aprovação das medidas adotadas para minimizar os efeitos da crise econômica no país. A crise foi o tema da primeira reunião do ano do Conselho Político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao final do encontro, ficou acertado que haverá prioridade na votação de dois projetos, o cadastro positivo de bons pagadores e a Reforma Tributária. "O presidente insistiu para que a base aliada participe mais das ações do governo", disse o líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS). Lula também pediu mais unidade à base aliada, para que os deputados e senadores votem de forma coordenada. O presidente quer evitar que o mesmo partido vote a favor do governo na Câmara e contra no Senado. Crise O encontro teve também como objetivo apresentar aos novos líderes da base os números sobre a crise no Brasil. O líder do PSB no Senado, Renato Casagrande (ES), afirmou que os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Henrique Meirelles (Banco Central) disseram que a economia está dando "sinais modestos de recuperação". Em suas apresentações, mostraram dados comparando o risco Brasil com o de outros países emergentes, dentro da avaliação de que o país deve ter um desempenho melhor diante da crise. Apresentaram também gráficos mostrando que o real tem se mostrado mais estável do que outras moedas e descartaram a possibilidade de recessão. Habitação O presidente Lula prometeu também para depois do Carnaval a apresentação do pacote imobiliário para construção de 1 milhão de moradias, para famílias com renda de até R$ 4.000, até 2010. Segundo o ministro José Múcio (Relações Institucionais), o presidente deve ouvir ainda nesta semana alguns governadores para decidir sobre a distribuição dessas moradias pelo país. Ele também quer avaliar a participação de governos estaduais e prefeituras no projeto para reduzir custos. "O presidente vai ouvir alguns governadores antes de fechar o pacote. Ele quer ver como vai distribuir essas habitações regionalmente", afirmou. Em relação às questões políticas, o ministro afirmou que, em 2009, irá buscar uma aproximação maior do presidente com as bancadas no Congresso, em mais reuniões com os partidos aliados.

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