postado em 19/02/2009 18:29
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), enviou à revista The Economist esta semana uma sucinta carta, com quatro parágrafos, pedindo a retratação da publicação, que avaliou a vitória do peemedebista na disputa pela presidência do Senado como um retorno ao "semifeudalismo". Intitulada Onde Dinossauros Ainda Vagam, a reportagem fala da trajetória política de Sarney e do número de vezes em que ele foi eleito para cargos públicos, recomendando que talvez fosse "hora de Sarney se aposentar".
Na carta, o senador defendeu-se das acusações da revista e disse ser reconhecido como o "presidente da transição democrática". "A história julgará meu papel, mas sou reconhecido como o presidente da transição democrática, da convocação da Assembleia Constituinte e que priorizou o desenvolvimento social, o que permitiu o surgimento de uma sociedade verdadeiramente democrática e levou um operário a ser eleito presidente da República", disse o senador, referindo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O peemedebista também rebateu na carta a afirmação da revista de que a família Sarney mantém o poder no Maranhão por meio de uma estação de TV associada à Rede Globo, pela qual "costuma exibir reportagens favoráveis ao clã". "Nos últimos sete anos um grupo político rival controla o governo estadual do Maranhão", afirmou.