Politica

Paralisação no Senado atrasa nomeação de quatro embaixadores brasileiros

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postado em 26/02/2009 16:35
A paralisação de quase um mês nas atividades no Senado --em decorrência de falta de acordo político e do feriado do Carnaval-- impede a nomeação de pelo menos quatro embaixadores brasileiros para cargos no exterior. Na lista está o ex-ministro da Defesa José Viegas, indicado para a embaixada na Itália, exatamente no momento em que os governos brasileiro e o italiano divergem sobre o tratamento dispensado ao ex-ativista político Cesare Battisti. Interlocutores do governo negam que a demora na votação da indicação de Viegas tenha relação direta com o impasse envolvendo Battisti. No próximo mês o STF (Supremo Tribunal Federal) deve julgar o pedido de extradição do ex-ativista. Mas o governo federal já concedeu o status de refugiado político ao ex-ativista, o que gerou críticas oficiais na Itália. Battisti é acusado de envolvimento em quatro assassinatos. Mas ele nega a participação nos crimes. Ele está preso em Brasília. Também aguardam as votações na Comissão de Relações Exteriores as indicações para embaixadas no exterior, os diplomatas Edmundo Fujita, que deve ocupar a função na Coréia do Sul; Everton Viegas Vargas, indicado para Alemanha, e Arnaldo Carrilho que deve comandar a embaixada na Coréia do Norte. A presidência da Comissão de Relações Exteriores provocou um impasse entre adversários e aliados do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O PSDB defendeu o nome do senador Eduardo Azeredo (MG), enquanto o PTB queria o senador Fernando Collor de Mello (AL) para o cargo. Depois de várias negociações, pelo último acordo, quem deve assumir a presidência da comissão será Azeredo. Haverá eleição para referendar o acordo e escolher também os vice-presidentes do órgão. Em seguida, serão realizadas as sessões e as votações das indicações para embaixadores no exterior deverão ser incluídas entre os primeiros itens da pauta. A estimativa é que na semana que vem os líderes partidários encerrem as polêmicas envolvendo os cargos e já realizem as votações para os comandos das comissões permanentes no Senado.

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