postado em 04/03/2009 15:28
Apenas um mês depois de os deputados elegerem o novo comando da Câmara, eles definiram nesta quarta-feira as presidências das comissões permanentes da Casa. O assunto mobilizou os líderes partidários e negociações intensas com o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). O PT, PMDB e PSDB ficaram com as comissões mais disputadas.
De acordo com os parlamentares, oss cargos foram acordados com base na proporcionalidade dos partidos políticos --dando prioridade para as maiores bancadas. Também foi estabelecido como critério o número de parlamentares por bancada regional. As eleições ocorrerão ao longo desta quarta-feira.
Os principais alvos de cobiça são as comissões de Constituição e Justiça, Minas e Energia, Finanças e Tributação, Fiscalização e Controle.
Para a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) foi eleito o deputado Tadeu Filipelli (PMDB-DF), que é ligado ao ex-senador Joaquim Roriz (PMDB-DF). Para Minas e Energia foi escolhido o deputado Bernardo Ariston (PMDB-RJ), que pertence ao grupo do ex-governador Anthony Garotinho (PMDB-RJ). Na Comissão de Finanças e Tributação ficará na presidência o deputado Vignatti (PT-SC) e de Fiscalização e Controle o deputado Sílvio Torres (PSDB-SP).
Para a Comissão do Consumidor assumirá a deputada Ana Arraes (PSB-PE), que é mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e filha do ex-governador Miguel Arraes, já morto.
Já na Comissão de Direitos Humanos deverá ficar o deputado Luiz Couto (PT-PB), que é padre e que recentemente foi punido pela Igreja por se manifestar publicamente contra a castidade dos religiosos e em favor dos homossexuais. O PT fez exposição pública em defesa do parlamentar.
As demais comissões deverão ser definidas ainda hoje para que os integrantes iniciem os trabalhos já a partir desta quarta-feira.