Politica

Dilma participa de missa no santuário do padre Marcelo Rossi

;

postado em 06/03/2009 00:42
São Paulo ; Fora do expediente de trabalho, como tem prometido. Mas participando, ao lado de pelo menos 15 mil pessoas, segundo estimativa dos organizadores, de um ritual já tradicional entre candidatos a qualquer cargo público: a missa do padre Marcelo Rossi. Foi na noite desta quinta-feira ( 05-03) no Santuário do Terço Bizantino, na zona sul da capital paulista. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, assistiu atentamente à celebração que começou ás 20h e durou quase uma hora e meia. Vestindo terninho amarelo claro, ela segurou uma vela acesa, bateu palmas e alternou atitudes de aparente descontração, como acompanhar trechos das canções, por exemplo, com momentos em que, ao optar pela seriedade, pareceu conter-se - talvez intimidada pela presença de jornalistas. Dilma estava acompanhada da secretária-executiva do ministério, Eunice Guerra, uma católica praticante segundo alguns interlocutores. Ela aceitou fazer uma das leituras da liturgia, foi presenteada com 50 terços por dona Vilma, mãe do padre Marcelo, e deixou o santuário depois de receber uma 'chuva' de água-benta como boa parte dos fiéis. A ministra não comungou e não deu entrevistas no local. ;Está aqui uma pessoa ilustre. Seja bem-vinda ministra;, anunciou o bispo de Santo Amaro, dom Fernando Figueiredo, que presidia a celebração conduzida pelo padre Marcelo Rossi. Os fiéis aplaudiram. Dilma sorriu. Ao lado dela, um companheiro de partido, o deputado federal Jilmar Tatto (PT). Ao lado dele, um tucano conhecido como fervoroso católico: Gabriel Chalita (PSDB), agora vereador paulistano. O 'Livro de Ester' Segurando um terço entre as mãos, a ministra aceitou o convite para fazer a primeira leitura da missa. O capítulo 4 do ;Livro de Ester;, que integra o Antigo Testamento da Bíblia e, a partir de seu versículo 17, dizia: "Põe em meus lábios um discurso atraente quando eu estiver diante do leão. E muda seu coração para que odeie aquele que nos ataca, para que este pereça com todos os seus cúmplices. E livra-nos da mão de nossos inimigos". Assim leu a ministra, até o momento a mais provável candidata do PT à sucessão presidencial em 2010. Dilma teria sido estimulada a conhecer o Santuário Bizantino pelo vice-presidente José Alencar, que recupera-se de uma cirurgia contra o câncer em seu apartamento em São Paulo e esteve recentemente com o padre Marcelo Rossi. Depois de ouvir o relato sobre a beleza das celebrações no local, a ministra teria telefonado para o padre. Ele teria ficado contente ao saber do interesse na visita e passado a programação das missas para Dilma. Por conta da agenda, segundo interlocutores próximos, a ministra optou pela quinta-feira à noite, quando são rezadas as ;Missas de Libertação; no santuário. ;Não há eleições este ano; O deputado Jilmar Tatto negou que a visita de Dilma tivesse caráter eleitoreiro. ;Não há eleições no país este ano;, disse o parlamentar. Segundo ele, a ministra aproveitou um compromisso que tinha em São Paulo e decidiu ir também à missa. Na agenda oficial de Dilma não foram divulgados eventos na capital paulista nesta quinta-feira. Tatto disse ainda que a passagem pelo santuário foi uma iniciativa pessoal da ministra e nada teve nem com o governo, com política ou com o PT. De acordo com o deputado, a visita não fez parte da série de agendas que os petistas paulistas estão organizado para tornar Dilma mais conhecida junto a alguns segmentos da sociedade no maior colégio eleitoral do país. Ao deixar o santuário, o vereador Chalita disse que Dilma contou ter gostado da celebração e ficado ;feliz; com tudo que viu e ouviu. O parlamentar tucano disse ainda que, ao entregar a Dilma os 50 terços, dona Vilma, mãe do padre Marcelo, teria dito tratar-se de um presente para a ministra e para ;todos aqueles que ela quisesse presentear em Brasília;.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação