postado em 09/03/2009 20:10
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou nesta segunda-feira, durante sessão no plenário da Casa, que encaminhou requerimento ao ministro Tarso Genro (Justiça) e ao procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, para que investiguem as denúncias do senador Jarbas Vasconcelos (PE) sobre suposta espionagem de setores de seu partido, o PMDB.
Sarney disse ainda que pediu ao corregedor-geral do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), que também colabore com as investigações. O primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), fez a leitura do pedido de Sarney a Tarso e Souza no plenário da Casa.
Hoje, o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, disse aguardar apenas as ordens para dar início aos trabalhos de apuração. Corrêa conversou hoje com Sarney.
À revista "Veja" desta semana, Jarbas disse desconfiar ser alvo de espionagem promovida por integrantes de seu partido que teriam contratado os serviços de uma empresa privada para fazer escutas telefônicas, vasculhar sua vida e acompanhar seus passos. Segundo Jarbas, na entrevista, o objetivo da espionagem é "desqualificar suas denúncias" --que fez antes do Carnaval-- sobre o partido. Segundo o senador, boa parte do PMDB é corrupta. Ele também levantou dúvidas sobre a ética dos integrantes da legenda.
Jarbas não chegou a ser punido pelo comando do PMDB por suas críticas ao partido embora tenha sido afastado da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. A cúpula do partido optou pela interpretação de que as denúncias do senador foram um "desabafo". Ele negou, no entanto, que seus comentários tivessem tom de desabafo.