postado em 12/03/2009 13:16
A Procuradoria da União no Paraná conseguiu na Justiça 20 liminares autorizando o bloqueio de R$ 1,08 milhão em bens de pessoas e empresas envolvidos na Operação Sanguessuga.
Deflagrada em 2006 pela Polícia Federal, a operação desarticulou um esquema de fraudes em licitações na área de saúde para aquisição de ambulâncias.
Entre os sanguessugas paranaenses estão 26 ex-prefeitos municipais, 76 servidores públicos de carreira ou comissionados, nove empresas, dois empresários e três ex-deputados federais.
Eles são processados em 31 ações civis públicas de improbidade administrativa. Como as ações correm sob segredo de Justiça, os nomes dos envolvidos não foram divulgados.
Prejuízo
A máfia dos sanguessugas, desarticulada pela Polícia Federal, causou um prejuízo de R$ 15,5 milhões aos cofres públicos, segundo análise feita em 2008 pela CGU (Controladoria Geral da União) e Denasus (Departamento Nacional de Auditoria do Ministério da Saúde) em 1.000 convênios de compra de ambulância fechados com cerca de 600 municípios do país.
Os auditores da CGU concluíram que houve superfaturamento em 70% dos convênios analisados. Em 23% dos dos convênios, as ambulâncias adquiridas e entregues não estavam sendo utilizadas.
A CGU verificou ainda que em 27% dos casos os processos licitatórios não apresentaram pesquisa de preços, e as licitações apresentaram evidências de conluio entre os participantes. Os convênios analisados totalizaram R$ 99 milhões.