Politica

Arruda participa de reunião para discutir alianças do DEM nas próximas eleições

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postado em 13/03/2009 09:21
São Paulo ; O governador José Roberto Arruda cumpriu nesta quinta-feira (12/03) uma intensa agenda política em São Paulo, onde participou de reunião com outros caciques Democratas no início da noite. Mais cedo, no entanto, ele conseguiu uma brecha para visitar o Museu do Futebol, no Estádio do Pacaembu, na Praça Charles Müller, Zona Oeste da cidade. Acompanhado da primeira-dama, Flávia, e do secretário de Cultura, Silvestre Gorgulho, o governador conferiu lances memoráveis do atacante Garrincha e ficou encantado com a interatividade do museu. Arruda pensa em implantar o mesmo conceito no Museu da República, que está em fase de projeto. ;Queremos fazer um museu vivo;, resumiu o governador, torcedor do Botafogo. Ele planeja fazer nascer um espaço multimídia, moderno e lúdico para abrigar a história de todos os ex-presidentes brasileiros. ;Vamos usar a informática e a eletrônica no projeto;, explicou o secretário Gorgulho, que também antecipou ao Correio a intenção de fazer um Museu do Futebol semelhante ao paulista perto do Estádio Mané Garrincha, em Brasília. O governador Arruda quer agora encontrar bons parceiros na iniciativa privada para poder acelerar o projeto de implantação do Museu da República. No início da noite, Arruda juntou-se a outros 17 caciques do DEM, na reunião do Conselho Político da legenda, realizada em um hotel na região dos Jardins, área central da cidade. Foram mais de quatro horas debatendo a política de alianças que deve ser consolidada pelo partido. Para conseguir crescer em 2010, o DEM quer construir, em todo o país, um modelo de aliança com o PSDB que seja tão sólido e bem-sucedido como o já consagrado em estados como São Paulo. Essa é uma das principais estratégias e a maior prioridade do partido para entrar em campo nas disputas eleitorais do ano que vem. Na avaliação de alguns caciques da legenda, há arestas a serem aparadas. ;A preocupação é o fortalecimento do partido nos estados, tendo em vista as eleições do ano que vem, e os ajustes que têm de ser feitos para que uma provável aliança com o PSDB não encontre muitos obstáculos nas composições estaduais;, afirmou Arruda. Segundo ele, no Distrito Federal e em estados como São Paulo e Santa Catarina, a parceria com os tucanos é ;bem-resolvida; e ;existem projetos comuns;, mas falta construir cenários semelhantes em outras unidades da federação. ;É importante superar obstáculos em alguns estados (...) para que esta composição (com o PSDB), tradicional e histórica, conquiste a força e o respeito que existem em São Paulo;, disse o governador do GDF. Questionado sobre os locais onde haveria problemas, Arruda hesitou, mas acabou mencionando a situação entre os gaúchos. ;O Rio Grande do Sul, por exemplo. O vice-governador. Vocês conhecem a história. Enfim, há vários estados, não quero citar exemplos.; Estados Arruda admitiu que o partido busca estratégias para voltar a crescer. ;Nosso partido sofreu revezes, diminuiu sua bancada na Câmara e no Senado. Agora ganhou fôlego (...) Queremos fazer mais governadores, deputados federais e senadores. E para que uma aliança nacional se consolide é importante que democratas e tucanos estejam juntos em todos os estados;, opinou o governador, reconhecendo também que a ideia é configurar a aliança para ter mão-dupla: ;Onde o candidato democrata for melhor, o PSDB apoia. Onde o candidato tucano estiver mais bem posicionado, o DEM apoia.; Na saída, o prefeito Gilberto Kassab, presidente do Conselho Político, endossou as palavras de Arruda. Kassab disse que o DEM não vai se posicionar sobre a escolha do candidato do PSDB à sucessão presidencial. Ele admitiu mais uma vez sua preferência pelo governador paulista, José Serra, mas enfatizou que é sua ;vontade pessoal;, que não reflete nenhuma tendência do partido. Kassab disse que telefonou para o governador Aécio Neves ontem dizendo que a próxima reunião do conselho do DEM será em Belo Horizonte e que, na ocasião, será muito bom visitá-lo. Ontem à noite, Arruda, Kassab e outros caciques democratas foram jantar na residência de Serra no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia, também fez questão de dizer que o DEM não se posiciona entre as prováveis candidaturas de Serra e Aécio. Segundo ele, o partido ficará satisfeito com qualquer escolha feita pelo PSDB neste caso. Mas Maia não perdeu a chance de criticar a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, dizendo que ela tem se mostrado ser ;péssima em gestão;.

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