postado em 14/03/2009 09:00
O lançamento de pré-candidatos à sucessão do governador Aécio Neves ;como o ministro Hélio Costa (Comunicações), em encontro peemedebista realizado na quinta-feira ;, abre a temporada de caça aos votos dos eleitores de 853 municípios mineiros, embora a Justiça Eleitoral só reconheça a legitimidade da campanha a partir de junho de 2010, 120 dias antes do pleito.
Em nível federal, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), os governadores tucanos Aécio Neves e José Serra e o socialista Ciro Gomes (PSB) apresentam-se em processo de mobilização partidária para ter seus nomes confirmados nas convenções do início do próximo ano. Isso significa que cada um terá de pôr o pé na estrada, correr o país, expor programas e projetos que atendam aos eleitores de 5.564 municípios brasileiros, conquistar apoios e buscar recursos para financiamento de campanha.
Em Minas, a rotina de encontros partidários, reuniões com lideranças e inaugurações de obras começa a ocupar com maior frequência as agendas e esquentar o clima de campanha para o vice-governador Antônio Anastasia, candidato do PSDB indicado pelo padrinho governador Aécio Neves; para os ministros Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome) e Hélio Costa, respectivamente do PT e PMDB, partidos que com o fim da verticalização podem compor a mesma aliança nacional sem abandonar o enfrentamento regional; e para o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel. Hélio Costa será candidato pela terceira vez ao governo de Minas. Disputou em 1990 e 1994, quando perdeu para Hélio Garcia e Eduardo Azeredo, respectivamente.
Dois mandatos
Único que não dispõe de cargo público para ancorar suas pretensões, Pimentel conta apenas com a militância e o grande eleitorado da capital, onde acumula popularidade pelo trabalho de dois mandatos à frente da prefeitura de BH, encerrados no último dia de 2008. O cargo federal que lhe fora prometido ao deixar a prefeitura escapou entre os dedos em fevereiro. Em entrevista, ele vinculou sua nomeação no Conselho de Desenvolvimento Social da Presidência à coordenação política da campanha da ministra ; o que aborreceu o presidente Luís Inácio Lula da Silva, aguçou as atenções da Justiça eleitoral e lhe fechou as portas do Planalto.
Em contrapartida, Anastasia terá a privilegiada condição de disputar a eleição como titular do cargo de governador, com todas as facilidades que isso pode proporcionar a uma campanha eleitoral. Isso porque Aécio terá de se desincompatibilizar em abril para concorrer à presidência ou ao Senado. A conjuntura, a grande densidade eleitoral obtida pelo padrinho e cabo eleitoral em todas as pesquisas de opinião, põem Anastasia como um dos favoritos.
Outro candidato de peso, Patrus Ananias é reconhecido pela grande densidade eleitoral ; com 600 mil votos, foi o mais votado deputado federal em 2002. Mas vai ter primeiro de passar por um desgastante processo de escolha dentro do PT contra Pimentel. Seu trunfo é a visibilidade que alcançou como gestor de políticas sociais de Lula. No dia 26, Patrus vai acompanhar a ministra Dilma Rousseff em uma exposição, no Teatro Francisco Nunes, sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Mas terá de dividir a visibilidade do evento com Pimentel, que é amigo pessoal de Dilma.
Os concorrentes
Ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB) será candidato ao governo de Minas pela terceira vez. Disputou m 1990 e 1994, quando perdeu para Hélio Garcia e Eduardo Azeredo, respectivamente.
Patrus Ananias (PT) pode contar com programas sociais para alavancar candidatura. Em 2002, última vez em que disputou uma eleição, com 600 mil votos, foi o concorrente mais votado a deputado federal.
Fernando Pimentel (PT) está sem cargo público e deverá explorar a boa popularidade. Ele é amigo pessoal da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, preferida do presidente Lula para sucedê-lo.
Antonio Anastasia (PSDB) tem feito viagens pelo interior do estado. Ele vai disputar como titular do cargo de governador, já que Aécio terá de se desincompatibilizar para concorrer à presidência ou ao Senado.