postado em 20/03/2009 18:48
A Polícia Legislativa da Câmara realizou na noite desta quinta-feira uma investigação na residência do deputado Clodovil Hernandes (PR-SP), morto nesta semana, para levantar os bens deixados pelo estilista. Como Clodovil não tem herdeiros declarados, a Câmara vai se tornar depositária dos seus bens --para evitar o sumiço de parte dos objetos pessoais do deputado.
Assessores da Câmara afirmaram à *Folha Online* que, como diversos amigos e funcionários do deputado têm a chave do seu apartamento, a instituição pelo sumiço de seus bens. Por esse motivo, a Polícia Legislativa vai elaborar um inventário com os pertences do estilista. Como a Câmara não foi notificada da existência de um testamento do deputado, argumenta que tem por obrigação preservar os seus bens.
No momento da investigação, assessores de Clodovil estavam no apartamento. Como não foram informados da visita dos policiais legislativos, começaram a suspeitar que os agentes investigavam a morte do deputado. A assessora Bertha Pellegrino disse acreditar que os policiais teriam iniciado uma investigação sobre a causa da morte de Clodovil, sem descartar a possibilidade de assassinato --que poderia ter provocado o AVC (acidente vascular cerebral) hemorrágico que matou o deputado.
A Câmara, porém, nega que a investigação tenha qualquer vínculo com os boatos de que Clodovil poderia ter sido assassinato. A assessoria de imprensa da Casa Legislativa afirma que o deputado foi atendido em sua casa, antes de seguir para o hospital, por médicos da Câmara que confirmaram o AVC --sem a possibilidade dele ter sido provocado por uma segunda pessoa.
Além disso, sustentam os assessores da Câmara, todos os boletins médicos divulgados pelo hospital onde Clodovil foi atendido confirmaram o AVC como causador da parada cardíaca que provocou a sua morte.