postado em 26/03/2009 08:45
A Petrobras divulgou uma nota em que negou sobrepreço nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, cujo consórcio responsável é liderado pela Construtora Camargo Corrêa. Ontem, a Polícia Federal deflagrou a Operação Castelo de Areia, que teve como alvo esquemas de suposta lavagem de dinheiro, fraude em licitações, formação de quadrilha e evasão de divisas envolvendo a construtora. "A Petrobras considera que não há sobrepreço e superfaturamento na obra", informa a nota.
De acordo com a nota, a Petrobras "contratou consórcio liderado pela empresa Camargo Corrêa para obra de terraplenagem da Refinaria Abreu e Lima. Em auditoria, o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou indícios de superfaturamento do contrato em questão, determinando a suspensão parcial de pagamento". A Petrobras esclareceu também que "acatou determinação do TCU e suspendeu o pagamento."
A nota informa ainda que a empresa iniciou processo de defesa e contesta as irregularidades apontadas. Segundo a PF, a construção da refinaria foi orçada em R$ 429, 2 milhões. Para a PF, pode ter havido corrupção e superfaturamento no contrato. O Tribunal de Contas da União indica prejuízo de R$ 71,9 milhões ao Tesouro. A auditoria do TCU encontrou 12 indícios de irregularidades na fase de licitação, na contratação do projeto básico e no contrato.
Antonio Claudio Mariz de Oliveira, criminalista que defende a construtora, declarou que aguarda apenas o acesso aos autos da Castelo de Areia ;para se inteirar dos fatos e adotar as providências cabíveis;. Sua primeira medida será o ingresso de pedido de habeas-corpus para tentar revogar os decretos de prisão contra os executivos. ;A empresa tem o máximo interesse em apurar a verdade dos fatos em nome da preservação da sua imagem e da sua história;, afirmou Mariz de Oliveira.