postado em 26/03/2009 20:40
Na tentativa de acabar com o nepotismo, a direção do Senado anunciou hoje a demissão de sete funcionários que trabalhavam em empresas terceirizadas e eram parentes de servidores do quadro efetivo da Casa. Existem hoje 12 empresas que prestam serviços para o Senado e empregam 3,4 mil terceirizados. Para substituir parte dos terceirizados, o Senado começa a chamar, a partir de amanhã, 30 concursados.
"Até agora encontramos só esses sete terceirizados parentes de funcionários do Senado", afirmou o primeiro secretário do Senado Heráclito Fortes (DEM-PI). Nem Mariana Cruz, filha da Diretora de Comissões, Cleide Cruz, nem Alraune Paz, mulher do Diretor do Arquivo, Francisco Maurício Paz, deixaram as empresas que trabalham para o Senado por serem "casos com peculiaridades".
Mariana Cruz trabalha na Steno do Brasil, empresa que faz a taquigrafia de todas as comissões do Senado, e tem contrato com gastos autorizados de até R$ 2,2 milhões ao ano. A alegação é que a Steno presta serviços para o Senado e não tem nenhum funcionário na Casa - todas as degravações são feitas fora do Senado e enviadas pela internet. Já Alraune, que trabalha na Servegel, empresa prestadora de serviços para o Arquivo do Senado, argumenta que já estava no emprego quando conheceu o marido.
As demissões feitas hoje para acabar com o nepotismo atingiram sete pessoas: Janaína Muniz Pedrosa, filha do diretor da Gráfica do Senado, Júlio Pedrosa; Felipe Baere, filho da diretora da Taquigrafia, Denise Baere; André Abrego, filho do subsecretário de Gestão de Documentação do Arquivo, Edson Abrego; e Severo Augusto da Paz Neto, filho do diretor da Gráfica, Luiz Augusto da Paz. Também saíram Dimitri Sales de Moreira, Igor Pereira de Souza e Luiz Eduardo Silva da Paz.