Politica

Lula rebate críticas e diz que programa habitacional tem foco

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postado em 27/03/2009 16:28
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu às críticas da oposição ao dizer nesta sexta-feira que o pacote habitacional do governo lançado há dois dias "tem foco". Ele também disse que prefere não estipular prazo para a entrega das casas por uma questão de "responsabilidade". Nos últimos dias, a oposição acusou o governo de usar o "Minha Casa, Minha Vida" --que pretende construir 1 milhão de moradias populares até 2010-- para tirar o foco da crise econômica e promover a campanha à presidência da ministra Dilma Roussef (Casa Civil). Ao visitar a Feicom (Feira Internacional da Indústria da Construção), em São Paulo, Lula rebateu as críticas sem citar nomes. Ele disse que o pacote é "fora da normalidade" e que ele tem foco. "Tem problema [habitacional] em todo o país, mas é maior nas grandes cidades e regiões metropolitanas", afirmou o presidente. "Esse programa tem foco de público e de região." Para exemplificar, Lula disse que a Caixa Econômica Federal estará pronta para receber os projetos do setor da construção civil. "Nós vamos trabalhar para que no dia 13 de abril a Caixa esteja armada até os dentes para que, quando o empresário apresentar o projeto, não demore oito meses para ele ser aprovado", afirmou. *Prazos* Apesar de afirmar que está tudo sob controle, Lula voltou a dizer que não há prazo para a entrega dos imóveis. "Se eu dissesse que ia entregar em dois anos e entregasse em dois anos e um dia, iriam dizer que eu não entreguei no prazo", disse. Já o ministro Márcio Fortes (Cidades) mostrou mais otimismo ao afirmar que a entrega das casas será feita "no menor prazo possível" porque o pacote é tocado pelo governo federal. "Agora não é via município nem Estado [...] O programa vai andar sim", afirmou. *Classe média* Lula também falou sobre a extensão do programa para a classe média e para a população de baixa renda. "A gente permitiu que a classe média possa usar R$ 500 mil de financiamento para atender toda a diversidade social", disse. "O companheiro que ganha de zero a três [salários mínimos] só paga a casa quando receber a chave e por o pé nessa casa."

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