Politica

PPS protocola pedido para ter acesso à investigação da PF sobre Camargo Corrêa

;

postado em 27/03/2009 17:50
O presidente nacional do PPS, ex-senador Roberto Freire (PE), protocolou nesta sexta-feira um pedido para ter acesso à investigação da Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, que tramita na 6¦ Vara Federal Criminal de São Paulo. A operação desarticulou uma quadrilha especializada em crimes financeiros e lavagem de dinheiro e também menciona sete partidos políticos que podem ter recebido doações ilegais da construtora Camargo Corrêa nas eleições de 2008. São mencionados o PSDB, PPS, PSB, PDT, DEM, PP e o PMDB do Pará, que, de acordo com a investigação, teria recebido R$ 300 mil. No pedido encaminhado ao juiz Fausto De Sanctis, o Freire negou que o partido tenha recebido qualquer doação ilegal da construtora e que as contribuições recebidas foram declaradas à Justiça Eleitoral. "Estamos abrindo nossas contas para mostrar que não tememos qualquer tipo de investigação nesse sentido. A defesa da transparência dos atos públicos sempre foi uma bandeira do partido. O que não podemos admitir é que ilações de qualquer natureza, amplamente divulgadas pela mídia, atinjam a imagem do partido", disse Freire. O ex-senador justifica o pedido ao ressaltar que o "PPS tem o direito de conhecer os indícios de seu suposto envolvimento com atividades ilícitas". No documento, Freire questiona o motivo de o PPS, um partido de oposição ao governo federal, se beneficiar de um suposto esquema de desvios de dinheiro de obras de responsabilidade da União. "O que levaria uma construtora a repassar recursos originados de relações supostamente ilícitas com o governo a um partido de oposição? Nada disso faz o menor sentido", diz o ex-senador no documento. O advogado do PPS, Ronaldo Sagres, explicou que o pedido para ter acesso às investigações é um ato voluntário do partido, pois a legenda não foi notificada oficialmente sobre qualquer tipo de investigação. Operação A PF investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro e remessa ilegal de recursos para o exterior --estimado em R$ 20 milhões-- por parte de funcionários de alto escalão da Camargo Corrêa e doleiros cariocas. A operação também investiga desvio de recursos repassados à construtora para obras do governo federal, como a Refinaria Abreu de Lima, em Pernambuco, e a suposta contribuição ilegal para campanhas políticas nas eleições municipais de 2008.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação