Politica

Dutra apoia Jackson Lago que luta para manter mandato

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postado em 28/03/2009 09:16

Na luta para manter o próprio mandato, o governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), recebeu apoio do petista Olívio Dutra, ex-governador do Rio Grande do Sul. O político gaúcho classificou de ;tapetão; a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que cassou o mandato do pedetista. ;Jackson foi eleito porque a população assim decidiu, então não se pode admitir o tapetão;, disse Olívio Dutra.

O ex-governador defendeu a necessidade de se aprovar uma legislação para reduzir o poder do Judiciário em casos cuja decisão soberana cabe ao povo. Para Olívio, a Justiça deve ser respeitada, mas precisa se fazer respeitável. ;A fonte do poder é o povo; a origem é o povo. Temos que fazer valer isso em sintonia entre os poderes;, disse. Olívio Dutra aproveitou para elogiar o compromisso com o processo democrático e com a transparência que marcaram a vida pública do pedetista.

Jackson Lago agradeceu o apoio e disse que a luta contra a cassação faz valer o respeito à vontade da maior parte dos eleitores. ;Olívio nos traz solidariedade pela democracia e entra nesta luta pelo respeito à vontade da maioria;, disse o governador do Maranhão. A defesa de Lago anunciou que recorrerá da decisão do TSE, publicada no Diário Oficial na quinta-feira (26/03).

Entre os pontos contestados está a possibilidade de o mandato ser assumido pela segunda colocada na disputa pelo estado em 2006, a senadora Roseana Sarney (PMDB-MA). A defesa de Lago classifica de ;afronta à soberania popular; uma decisão que abra espaço para a perdedora.

Supremo
Por cinco votos a dois, Jackson Lago teve o mandato cassado no começo deste mês, mas permanece no cargo porque a decisão do TSE não é definitiva. O processo foi protocolado pela coligação de Roseana, que acusa o governador de compra de votos e abuso do poder econômico. Além do recurso ao próprio TSE, a defesa do governador também deve ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar anular a perda do mandato.

O Tribunal Superior Eleitoral também cassou o mandato do ex-governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB). O tucano foi acusado de ter distribuído 35 mil cheques para pessoas carentes com fins eleitorais. Outros seis governadores estão na mira da Corte: Luiz Henrique Silveira (Santa Catarina), Ivo Cassol (Rondônia), Marcelo Déda (Sergipe), Marcelo Miranda (Tocantins), Anchieta Júnior (Roraima) e Waldez Góes (Amapá).

Dos seis, cinco são acusados de abuso do poder econômico. Apenas o governador de Tocantins é suspeito de abusar do poder político, que é a utilização indevida da máquina pública em benefício exclusivo do ganho eleitoral.

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