Politica

Operação Castelo do Areia: Alencar cobra apuração 'dentro da lei'

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postado em 30/03/2009 19:33
O presidente em exercício José Alencar defendeu hoje que a Polícia Federal conduza as investigações da Operação Castelo de Areia de forma "rigorosa e dentro da lei". "Eu falo em tese a respeito desses problemas. Eu acho que todos eles devem ser objeto de investigação rigorosa. É claro que quando eu falo em investigação rigorosa, não posso deixar de acrescentar mais uma condição: investigação rigorosa dentro da lei, porque fora da lei não há salvação", disse ele, em entrevista coletiva concedida durante a cerimônia de inauguração do Instituto da Próstata do Hospital Alemão Oswaldo Cruz Alencar não citou o delegado Protógenes Queiroz, que conduziu a Operação Satiagraha e foi indiciado pelos crimes de interceptação telefônica sem autorização judicial e violação de sigilo funcional. O presidente em exercício disse que é preciso prestigiar as investigações e autoridades que combatem o crime no País, e embora tenha dito ter respeito pelas pessoas que trabalham na Camargo Corrêa, empresa investigada na Operação Castelo de Areia, ressaltou que não é contra a investigação sobre a conduta da construtora, em que trabalham os executivos e secretárias suspeitos de participarem de suposto esquema de fraudes em licitações, superfaturamento de obras públicas, lavagem de dinheiro e evasão de divisas "É preciso que nós prestigiemos as investigações e prestigiemos também todas as autoridades que desejam punir o crime, porque o Brasil não pode de forma alguma permitir que se instale o crime de modo pacífico. Nós não podemos permitir", afirmou. "Eu tenho pela Camargo Corrêa o maior respeito, porque eu conheço alguns próceres da Camargo Corrêa e tenho por eles a maior admiração e o maior respeito. Eu não posso de forma alguma admitir, a priori que seja uma empresa que faça coisa errada, eu não posso." Questionado sobre se os contratos da Camargo Corrêa com o governo devem ser revistos, Alencar respondeu: "Eles devem ser vistos. Não revistos. Devem ser vistos" Alencar, que foi presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), disse que nunca recebeu nenhum pedido de contribuição por parte de partidos políticos. Na última sexta-feira, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou já ter sido sondado por parlamentares, a despeito da legislação proibir que sindicatos de classe façam contribuições financeiros a legendas e políticos. "Não. Nunca ninguém me propôs nada", disse

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