Politica

Procuradora critica decisão de soltar presos da Castelo de Areia

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postado em 31/03/2009 19:08
A procuradora da República Karen Louise Jeanette Kahn, responsável pela Operação Castelo de Areia, lamentou nesta terça-feira (31/03) a decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região, sediado em São Paulo, de libertar as dez pessoas que haviam sido presas pela Polícia Federal na semana passada, acusadas de fazer parte de um esquema de remessa ilegal de dinheiro para o exterior. Entre os presos pela Polícia Federal, durante a operação, estavam quatro diretores e duas secretárias da construtora Camargo Corrêa. Por determinação da desembargadora Cecília Mello, do TRF, os dez presos foram soltos no último sábado (28). Durante as investigações, a Polícia Federal também encontrou indícios de superfaturamento em obras públicas e doações ilegais a partidos políticos e parlamentares. Em nota enviada à imprensa, a procuradora diz que os pedidos de prisão preventiva e temporária foram solicitados pelo Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo ao juiz federal Fausto De Sanctis, baseados em provas materiais ;que apontam para a efetiva prática de crimes financeiros e de lavagem de dinheiro;. Segundo ela, os pedidos de prisão estavam inseridos dentro de ;um contexto de legalidade;. Nota ;Em momento nenhum os pedidos de prisão preventiva e temporária foram utilizados para garantir a conclusão dos interrogatórios dos investigados nem, tampouco, como antecipação da pena;, afirmou a procudora. Na nota, a procuradora ressaltou que a Operação Castelo de Areia foi uma ;ação responsável; e que seguiu todos os parâmetros legais. Assim como já fizeram o juiz Fausto De Sanctis e a Polícia Federal, a procuradora também negou o caráter político da operação. ;O envolvimento dos investigados com doações a partidos políticos não fundamentou os pedidos de prisão e de busca, baseados, essencialmente, nas já consistentes provas de crimes financeiros e de lavagem de dinheiro constantes dos autos. Entretanto, a descoberta, nas buscas e apreensões, de eventuais elementos que venham indicar a suposta prática de crimes eleitorais serão, oportunamente e ao final da análise de toda a documentação apreendida, enviadas ao Ministério Público Eleitoral competente;, explicou a procuradora.

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