Politica

Deputado do PSOL acusa presidente da CPI de favorecer Dantas; Itagiba nega

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postado em 08/04/2009 18:25
O presidente da CPI das Escutas Clandestinas da Câmara, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), trocou acusações hoje com o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) durante depoimento do delegado Protógenes Queiroz. Alencar ficou irritado com uma apresentação em power point supostamente montada pela CPI com contradições apresentadas pelo delegado no seu primeiro depoimento à comissão --em agosto do ano passado. Alencar disse que Itagiba agiu politicamente ao fazer pré-julgamentos sobre Protógenes. O parlamentar insinuou que o presidente da comissão trabalha a favor do banqueiro Daniel Dantas, do grupo Opportunity, por supostamente ter recebido doações de campanha do grupo. "Eu não fui financiado por alguém que foi sócio do banqueiro Daniel Dantas na campanha. O senhor está sendo parcial na função de presidente", disse Alencar. Itagiba, por sua vez, acusou o deputado do PSOL de ter repassado recursos da sua verba indenizatória da Câmara para a campanha de aliados. "Eu também não coloquei minha verba de gabinete para colocar na campanha de pessoas de outros Estados. Esses dados chegaram à CPI. São depoimentos prestados pelo delegado Protógenes em vários momentos", rebateu Itagiba. O presidente da comissão admitiu ter elaborado o power point por conta própria, sem submetê-lo à análise da CPI. O deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), relator da comissão, disse que cada deputado tem o direito de escolher os melhores métodos para inquirir pessoas que prestam depoimento à comissão. Denúncias Dório Ferman, um dos sócios do banco Opportunity, doou R$ 10 mil para a campanha do então candidato a deputado federal Marcelo Itagiba. O parlamentar confirmou, na época, que recebeu a doação para sua campanha uma vez que Ferman é integrante de uma comunidade judaica de uma de suas bases eleitorais. Alencar, por sua vez, é acusado de repassar ao advogado e ambientalista João Alfredo Telles Melo cerca de R$ 55 mil da verba indenizatória --um de seus correligionários. Os recursos teriam sido repassados por meio de 21 pagamentos mensais realizados de fevereiro de 2007 a dezembro de 2008. Os pagamentos, no valor de R$ 2.625 cada um, foram feitos para a empresa Eco Social Consultoria Sócio-Agrário-Ambiental Ltda, que tem Melo como um dos sócios.

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