Politica

Conselho de Ética procura Edmar Moreira para notificá-lo de processo

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postado em 12/04/2009 08:24
O presidente do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos Araújo (PR-BA), avisou que o deputado Edmar Moreira (sem partido-MG) poderá ser julgado à revelia, caso não dê sinal de vida para responder ao processo disciplinar que foi instaurado contra ele há uma semana. Sempre presente na Câmara nos quatro mandatos para os quais foi eleito a partir de 1991, Moreira sumiu desde que o processo foi aceito pelo Conselho. Araújo explicou que tentou notificá-lo por duas vezes desde que recebeu, na quarta-feira da semana passada, a representação da Mesa Diretora contra Moreira, por indícios de uso irregular da verba indenizatória. A informação é a de que ele faz tratamento de saúde devido a problemas no joelho. ;Eu ainda vou insistir na entrega da notificação, uma última vez, depois da semana santa;, explicou. O presidente do conselho ainda vai fazer duas tentativas de notificá-lo pessoalmente e uma terceira por edital. Após esse passo, Moreira terá de entregar defesa por escrito ao Conselho ou se manifestar pessoalmente. Do contrário, o processo vai correr à sua revelia. Edmar Moreira ficou conhecido pelo suntuoso castelo medieval, avaliado em R$ 25 milhões, que construiu na Zona da Mata mineira e por utilizar notas fiscais de sua empresa de segurança para justificar gastos com a verba indenizatória. Procurado no gabinete pela reportagem, a assessoria informou na quarta-feira, que Moreira teria retornado à base política naquele dia. Apesar do processo, a avaliação é a de que Edmar Moreira tem uma carta importante na manga caso sua cassação vá a plenário. O temor é o de que os 283 deputados que o elegeram em votação secreta para a segunda vice-presidência continuam a postos para tentar rescrever a história do senhor do castelo. O trunfo do deputado estaria em sua passagem pelo Conselho de Ética nos anos de 2006 a 2008. Nesse período, Moreira teria feito valer o ;vício da amizade; em processos contra os deputados envolvidos no mensalão.

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