Politica

Lula e Arruda à vontade no Palácio do Buriti

De ;casa nova; até o fim da reforma do Planalto, presidente se encontra com o governador na assinatura do II Pacto para dar agilidade à Justiça

postado em 14/04/2009 09:30
;Pode se sentir em casa;, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva com uma cigarrilha na mão ao convidar o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), para um café, pouco antes do início da primeira cerimônia realizada pela Presidência da República na sede oficial do GDF. A frase foi pronunciada de dentro do gabinete do chefe do Executivo local, agora emprestado ao governo federal. Devidamente decorada com móveis, tapetes e quadros importados do Palácio do Planalto, a sala foi inaugurada ontem por Lula. A cerimônia de estreia da Presidência na sede do GDF ocorreu exatamente um ano depois de uma solenidade no Palácio do Buriti em que a administração local emprestou oficialmente o espaço ao governo federal. O lugar ficará cedido aos cuidados da União enquanto durar a reforma nas instalações do Palácio do Planalto (veja memória), iniciada em março deste ano. A previsão é que as obras se estendam até abril do ano que vem. Não foi só Lula que demonstrou estar à vontade na sede do GDF. A equipe de seguranças que trabalha para o presidente também estava ambientada. Praticamente todos os objetos usados na solenidade de ontem foram levados em caixas da Presidência. Dos detectores de metal, aos tapetes e até o palco onde Lula e as outras autoridades ficaram, tudo foi montado com mobiliário do governo federal. Discursos Foram quase duas horas de discursos ; do ministro da Justiça, Tarso Genro; do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB); do presidente do Senado, José Sarney (PMDB); do presidente do STF, Gilmar Mendes ; antes de Lula falar durante a cerimônia de assinatura do II Pacto Republicano de Estado para dar mais agilidade à Justiça. Evocando o preceito constitucional de que ;todos têm direito a três refeições diárias; ; já passavam das 14h nesse momento ;, Lula abriu mão do discurso escrito e decidiu improvisar. E foi sem medir as palavras que o presidente apontou deficiências no sistema carcerário e no Judiciário. Ao citar uma passagem do discurso de Gilmar Mendes ; no qual o presidente do STF citou a história de um preso no interior do Maranhão, que ficou na cadeia quatro anos após cumprir pena ; Lula concluiu: ;Eu fico imaginando quantos estão soltos, que deveriam estar presos no lugar deste e que estão soltos porque também nós temos ineficiência no sistema policial, carcerário e ainda no próprio Poder Judiciário;. Logo em seguida, no entanto, Lula optou por um tom mais amistoso, ao afirmar que o Executivo estava de mãos dadas com o Congresso Nacional, e com o Judiciário para tornar a Justiça brasileira ;cada vez mais respeitada;. Gilmar Mendes, presidente do STF, fala sobre o pacto: Michel Temer, presidente da Câmara dos Deputados, fala sobre o pacto:

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