Politica

Corregedor nega movimento da PF para desmoralizar Protógenes, PSOL

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postado em 14/04/2009 15:54
O corregedor-geral da Polícia Federal, Valdinho Jacinto Carvalho, negou nesta terça-feira, durante conversa com a deputada Luciana Genro (PSOL-RS), que exista um movimento da cúpula da instituição para desmoralizar o delegado Protógenes Queiroz. A Polícia Federal decidiu afastar o delegado até que o processo disciplinar a que ele responde seja concluído. O corregedor afirmou, segundo a deputada, que o procedimento adotado no caso de Protógenes é natural. Carvalho explicou que há uma gravação que confirma a participação do delegado no comício. A deputada disse ao corregedor que a preocupação do PSOL é com a prévia condenação do delegado. O processo contra Protógenes corre na Corregedoria e pode causar sua demissão se ficar comprovado que ele infringiu as normas da PF ao falar pela instituição durante o comício. Uma comissão de sindicância tem 30 dias, renováveis por mais 30 dias, para apresentar o parecer final sobre o caso. "O que coloquei para o corregedor é que o afastamento já é uma punição. Ele está sendo condenado antes mesmo do processo ter sido concluído. Sem a Polícia Federal saber se houve falha ou não", afirmou. A deputada questiona a legalidade da participação do delegado no comício. "Há uma controvérsia sobre a participação dele no evento. Ele como delegado não poderia ter participado, mas como cidadão ele tem total liberdade para se manifestar politicamente", disse. Protógenes é investigado porque teria dado apoio ao candidato do PT Paulo Tadeu Silva D´Arcádia, candidato a prefeito de Poços de Caldas (MG), em comício realizado em setembro passado. O delegado já responde a um segundo processo disciplinar na Polícia Federal por suspeitas de vazamento de informações da Operação Satiagraha e foi indiciado por quebra do sigilo funcional e violação da Lei de Interceptações. Sobre o comício, o delegado nega que tenha falado em nome da instituição durante e ameaça recorrer à Justiça caso seja demitido pela PF no final do processo. Protógenes disse que o processo é uma "indignação", um ato que merece "uma reparação do Poder Judiciário".

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