postado em 16/04/2009 20:17
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, descartou ontem a possibilidade de integrar a chapa do PSDB nas eleições presidenciais de 2010 como vice. Ele justificou seu posicionamento com o fato de que, independente do nome aprovado pelo seu partido para concorrer à Presidência da República, o ideal seria que o PSDB fizesse uma composição com aliados.
"Sequer cogito esta possibilidade (de ser vice). Até porque acho que isto não é necessário. O meu apoio ao José Serra (governador de São Paulo), se ele vier a ser o candidato do meu partido, independe de qualquer posição na chapa. Acho, inclusive, que num quadro partidário tão plural quanto é o brasileiro, em que nós devemos buscar novas alianças, novos parceiros para governar, seria uma certa presunção do PSDB achar que solitariamente deva compor uma chapa", disse Aécio, que participou o Fórum Econômico Mundial na América Latina, realizado ontem no Rio.
No rol de aliados, o governador citou o DEM, o PPS e o PMDB, este último partido de sustentação do governo Lula. "Os partidos que hoje apoiam o governo não farão, necessariamente, uma transferência de apoio para 2010. Acredito que ocorrerão mudanças, até mesmo por conta de importantes alianças estaduais que estão sendo formadas", avaliou Aécio.
O governador de Minas minimizou o impasse entre ele e o governador de São Paulo, José Serra, em relação à data para a realização das prévias que escolherão o candidato do partido para 2010. "Tivemos, num determinado momento, opiniões distintas não divergentes. Houve algumas diferenças em relação a datas, mas não uma oposição. Algumas especulações diziam que eu queria uma data pré-prazo de desfiliação, mas isso não faz o menor sentido. Acho que no final do ano, entre novembro e dezembro, seria o melhor momento. Mas se for no início do ano que vem, não tem problema", disse ele.
Aécio afirmou ainda que deve se reunir com Serra e outras lideranças do partido nas próximas semanas para definir a melhor data para a realização da prévia, que, segundo ele, "também ajudará a fortalecer e refundar o partido". Perguntado sobre o apoio de Lula à candidatura da ministra Dilma Rousseff, Aécio afirmou que é "legítimo que o presidente apoie um candidato". Ele disse, ainda, que a presença de Dilma na disputa "garantirá uma campanha de alto nível".