postado em 22/04/2009 16:33
O ministro de Relações Institucionais, José Múcio, disse nesta quarta-feira (22/4) que os deputados federais não abusaram da cota de passagem aérea, porque não existia limite para o uso dela.
Denúncias recentes mostram que os parlamentares teriam usado a cota para emitir bilhetes aéreos a parentes e terceiros, como artistas.
;Não houve exagero, porque não havia regras, limites. Disso tudo, vamos tirar uma coisa muito boa: regras, limites. O honesto quer saber o que pode para não entrar no campo do imoral;, afirmou Múcio.
O presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), anunciou hoje que, a partir de agora, as passagens aéreas são restritas aos parlamentares e somente para vôos nacionais. Os gastos serão publicados na internet.
Ao ser questionado sobre o fato de ter usado passagens da cota depois de ter se licenciado da Câmara, Múcio voltou a justificar que os bilhetes eram referentes a crédito restante que não havia sido usado quando estava no Legislativo. Não significa, segundo ele, passagens novas. ;Acho que toda crise gera uma purificação. Vamos resolver algumas coisas que estavam embaixo do tapete e devem ir para a sala;, acrescentou.
Em relação ao reajuste de salário para os deputados, o ministro defendeu o fim da verba indenizatória e um salário ;compatível; para os parlamentares, mas evitou mencionar valores.
;Sempre fui contra a verba indenizatória. Verba indenizatória na mão do bem intencionado é usada dentro dos preceitos pré-estabelecidos. Na mão de quem não quer seguir as regras, pode dar margem a cometer algum delito que contamina o resto. É hora de fazer uma grande discussão, botar salário mais compatível;, argumentou.