Politica

Heráclito descarta investigar ex-diretores do Senado usaram cota de deputados

;

postado em 23/04/2009 20:03
O primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), descartou nesta quinta-feira abrir uma investigação contra o casal João Carlos Zoghbi e Denise Zoghbi, ex-diretor de Recursos Humanos do Senado e ex-diretora do Instituto Legislativo Brasileiro, respectivamente. Os dois servidores, que perderam o cargo de chefia, mas continuam integrando os quadros do Senado, utilizaram a cota de passagens de deputados para viajar. Para Heráclito, o assunto tem que ser resolvido pela Câmara. "Esse é um assunto nebuloso. Envolve passagem da Câmara. Ele é funcionário do Senado, mas usou a cota de passagens da Câmara. Não há como tomarmos providências aqui. Quem tem que tomar providência é a Câmara", afirmou. O primeiro-secretário disse que para o Senado o assunto "farra de passagens" está resolvido. Ontem, a Mesa Diretora da Casa estabeleceu restrições para o uso da cota. Ficou definido que apenas os parlamentares poderão utilizar o benefício e que os bilhetes só podem ser emitidos para trechos nacionais. Os assessores que precisarem viajar terão que pedir autorização da Mesa Diretora. "Este assunto está encerrado. O importante é que aprovamos as novas regras", disse. Segundo o "Painel" da Folha, editado por Renata Lo Prete, (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL), o casal Zoghbi viajou a Madri, em março de 2008, com passagens emitidas pelos gabinetes dos deputados Raymundo Veloso (PMDB-BA) e Zé Geraldo (PT-PA). De acordo com a coluna, a família Zoghbi também foi contemplada. Em 2007, Ricardo Zoghbi, filho do casal, foi para Paris com bilhete de Aníbal Gomes (PMDB-CE), enquanto Luiz Fernando Zoghbi teve passagens emitidas para Madri, em 2008, na cota do deputado Armando Abílio (PTB-PB). Reportagem do site Congresso em Foco informa que a família Zoghbi viajou 42 viagens com cotas de passagens da Câmara. Dez foram viagens ao exterior. O site informa que as viagens foram pagas com as cotas de passagens de 12 parlamentares diferentes e tiveram como passageiros sete integrantes da família. O ex-diretor perdeu o cargo quando foi noticiado que cedeu o apartamento funcional a que teria direito para um dos filhos morar.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação