postado em 28/04/2009 09:44
Carrinhos cheios de monitores e CPUs antigos marcados pelo tempo e pelo uso. É o sinal da ;modernidade; chegando à Câmara dos Deputados. Ao custo de R$ 11,5 milhões, 4.755 máquinas de última geração serão instaladas nos gabinetes de deputados e servidores. Cada parlamentar está ganhando o direito de utilizar quatro computadores.
O pregão eletrônico, vencido pela Lenovo no ano passado, ficou acima do teto estipulado pela Câmara. A previsão inicial era de um orçamento máximo de R$ 10,1 milhões. O valor superou o esperado porque uma das concorrentes argumentou que o aumento do dólar em decorrência da crise financeira internacional tornaria impossível atender às especificações do edital.
As máquinas são equipadas com processador Intel Core 2 Duo com Memória RAM de 2 GB, disco rígido de 160 GB, placa de vídeo, além de reprodutor e gravador CD e DVD. Acompanha um monitor LCD de 17 polegadas e teclado e mouse ótico. Só os monitores custaram à Câmara R$ 2,3 milhões. As CPUs saíram por pouco mais de R$ 9 milhões. Os acessórios custaram R$ 218 mil. Os valores aparecem na nota de empenho do gasto. O preço unitário de cada computador com todas essas especificações é de R$ 2.429. No mercado, um computador da mesma marca com igual especificação (sem monitor e acessórios) tem valor médio de R$ 1.999. O monitor sai por cerca de R$ 530.
O contrato foi assinado no último dia do ano passado. O objetivo é trocar parte dos 8.500 computadores disponíveis na Câmara. As trocas ocorrem a cada quatro anos. O prazo estabelecido visa acompanhar as mudanças e atualização tecnológicas. A Casa também justifica a necessidade dizendo que a manutenção após esse período torna-se onerosa. A assessoria de imprensa da Casa explicou que o valor pago inclui a instalação e quatro anos de garantia, que dá direito, além da manutenção e suporte técnico, à reposição de peças quebradas. Ela explicou ainda que a Câmara é um dos últimos poderes federais a utilizar monitores LCD.
As ;velharias; estão indo para o depósito e deverão ser doadas a municípios mais pobres a serem definidos pela Câmara. Alguns gabinetes, para facilitar a troca, deixaram as máquinas antigas depositadas na porta. Os servidores estavam ansiosos para ver a novidade funcionando.