Politica

PT local quer independência nas eleições para governador

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postado em 28/04/2009 09:47
Mais de 300 dirigentes do PT passaram o último fim de semana em discussão sobre os rumos da legenda no Distrito Federal. A maioria dos discursos sinalizou três posições fundamentais: os petistas querem ter candidato próprio ao Governo do Distrito Federal, não deverão fechar aliança no primeiro turno com o grupo do governador José Roberto Arruda (DEM), tampouco com o ex-governador Joaquim Roriz (PMDB), e avaliam ser necessário definir logo o nome que vai representá-los nas eleições de 2010. A disputa continua entre o deputado Geraldo Magela (PT-DF) e o ex-ministro do Esporte Agnelo Queiroz, mas a grande maioria das tendências defendeu uma escolha rápida, até junho deste ano. São dois os principais receios do PT: a perda de terreno político para as demais forças que ganham dia a dia espaço na opinião pública e o temor de que a indefinição no Distrito Federal acabe provocando uma intervenção nacional em nome da formação do arco de alianças de apoio à candidatura presidencial. ;A maioria das tendências apoia a escolha neste primeiro semestre, seja por meio de prévias, debates internos ou qualquer outra forma legítima de aferição do nosso candidato a governador;, explica o presidente regional do PT, Chico Vigilante. No seminário, realizado no Hotel San Marco, não houve uma deliberação oficial sobre qual caminho o PT deverá trilhar. A decisão deve sair de uma reunião do diretório regional marcada para 4 de maio. Três petistas ; Lúcia Ivanov, Roberto Policarpo e Chico Machado ; vão resumir as teses defendidas no fim de semana num texto de resolução que deverá ser discutido pelos integrantes do diretório. Essa é a instância de decisão local. A antecipação das prévias, no entanto, não pode ocorrer apenas por vontade da maioria do PT-DF. Pelo estatuto do PT, se um petista desejar disputar a indicação do partido para a corrida ao GDF, ele tem esse direito. A direção nacional estabeleceu que as prévias só deverão ocorrer a partir de fevereiro de 2010, depois do grande encontro do partido para elaboração das estratégias eleitorais para a campanha à Presidência da República. O objetivo é amarrar as definições estaduais aos interesses da chapa nacional, de forma que em algumas unidades da federação o PT ceda espaço nas chapas majoritárias para partidos aliados, como o PMDB, PSB, PTB e PSB. ;Não há como o PT lançar candidato a governador em todos os estados. Mas no Distrito Federal certamente teremos um nome na disputa;, acredita Wilmar Lacerda, chefe de gabinete do presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini. Dificuldade No seminário, os petistas citaram a dificuldade atual do PT, que aparece em terceiro lugar, com menos de 10% das intenções de votos, nas pesquisas feitas por vários institutos. Arruda está em primeiro e é seguido pelo ex-governador Roriz. Na avaliação de vários integrantes do PT, a legenda corre o risco de ficar a reboque dos adversários, com uma possível polarização eleitoral entre eles. Uma aliança com o PDT do senador Cristovam Buarque, e outros antigos aliados como o PCdoB, PSB e até o PV, que está na base do governo Arruda, também foi tema de discussão entre petistas. Cristovam também tem se movimentado e conversado com partidos de oposição ao atual governo local. Ao Correio, ele disse que tem expectativa de formação de um bloco de centro-esquerda no Distrito Federal nas próximas eleições. Também afirmou que apoiaria tanto Agnelo quanto Magela, caso um dos dois seja candidato do PT. ;Essa, no entanto, não é uma discussão minha. O PT tem que decidir;, ressaltou.

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