postado em 07/05/2009 08:54
A um ano das eleições, a Câmara Legislativa demonstra dificuldades em aprovar um projeto que só traz dividendos políticos: a proposta de criação de um plano de saúde para beneficiar 120 mil servidores públicos. O projeto une as lideranças do governo e da oposição. Mesmo assim, enfrenta resistência de deputados da base do governo.
O governo não consegue fechar um acordo com os deputados para apressar a tramitação. Distritais da base de apoio aproveitam a oportunidade de aprovar um projeto de interesse do governo para cobrar a liberação de emendas, por exemplo. O relator do projeto é o deputado Júnior Brunelli (DEM).
A votação do plano de saúde está na pauta e deveria ser apreciada ontem em plenário. Mas os deputados adiaram a análise para no mínimo na semana que vem. Isso porque hoje não haverá sessão deliberativa. Está marcada uma comissão geral que pretende discutir critérios para a realização da festa dos 50 anos de Brasília.
Com relação ao plano de saúde dos servidores, a única resistência aparente feita ao conteúdo do projeto por alguns distritais é que a proposta exclui aposentados e pensionistas. Como a eventual inclusão da medida geraria despesa para o GDF, ela só poderá ser feita por meio de um acordo prévio entre o governo e os distritais. O chefe da Casa Civil do GDF, José Geraldo Maciel, esteve na Câmara Legislativa ontem para conversar com os distritais na tentativa de aparar as arestas.
Segundo a proposta do GDF, quem aderir ao programa terá direito a cobertura ambulatorial e médico-hospitalar com obstetrícia. A realização de exames, internação e consultas serão ilimitadas. Não haverá prazo máximo de permanência na UTI, entre outros pontos.