postado em 07/05/2009 18:25
O Diretório Nacional do PT deve reafirmar nesta sexta-feira (8/5) apoio à pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência em 2010. O comando do PT vai editar um documento afirmando que, apesar do partido ainda não ter oficializado seu candidato, a ministra é a principal aposta.
Os petistas devem afirmar ainda que a escolha do candidato do PT à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua mantida para fevereiro de 2010. A ideia é mostrar que o estado de saúde de Dilma não terá efeitos no processo interno.
A resolução a favor de Dilma ganhou força depois que foi confirmando seu tratamento contra um câncer linfático. Após a informação do tratamento, aliados começaram a discutir possíveis abalos em sua eventual candidatura e o impacto no cenário da disputa. O PMDB, partido mais cobiçado para compor chapas de governistas e oposicionistas, é a principal preocupação. Os petistas querem convencê-los de que nada muda nas negociações, além de evitar que peemedebistas ganhem espaço para se lançar como presidenciáveis.
Líderes do PT afirmam que a doença da ministra não altera os planos para sua pré-candidatura. "Ela é o nome mais forte que temos e vamos deixar isso claro", afirma o secretário -geral da sigla, deputado federal José Eduardo Cardozo (PT-SP).
A Folha Online apurou que parte da direção do PT, no entanto, defende mudanças na agenda de trabalho da ministra, que além de comandar o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) --principal programa do governo Lula-- também acumula o monitoramento de estatais, programas do governo em diversas áreas e administração de questões políticas.
Delúbio No encontro do comando do PT, os petistas também vão julgar o pedido do ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares para voltar aos quadros da legenda. Ele deixou o PT após o escândalo do mensalão. Antes da discussão, no entanto, pode ser votada proposta de duas correntes minoritárias, a Mensagem ao Partido e a Articulação de Esquerda, para retirar o tema da pauta.
Segundo reportagem da Folha desta quinta-feira, a volta de Delúbio rachou a cúpula do governo e praticamente todas as correntes. Enquanto o principal representante de Dilma no diretório o defende, palacianos trabalham contra. Chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho tem dito internamente que ficará difícil aceitar presidir o PT se Delúbio, que foi expulso em 2005, for anistiado.
O diretório tem 84 integrantes. Havendo quórum mínimo de 43 petistas, uma maioria simples será suficiente para aceitar o retorno de Delúbio.