Politica

Polícia do Senado diz que seguiu normas legais para ouvir casal Zoghbi

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postado em 07/05/2009 21:14
A Polícia Legislativa do Senado reagiu nesta quinta-feira às acusações de que não tem autonomia para investigar um suposto esquema de corrupção na Casa revelado por João Carlos Zoghbi, ex-diretor de Recursos Humanos do Senado. O diretor da Polícia do Senado, Pedro Araújo Carvalho, disse que a instituição seguiu as normas previstas legalmente para colher o depoimento de Zoghbi e sua mulher Denise --ex-diretora da Casa. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), classificou hoje os depoimentos de "farsa" ao questionar a ausência de um representante do Ministério Público para acompanhar os interrogatórios. Virgílio também criticou o fato de o inquérito ser conduzido pela Polícia Legislativa, que no passado recente foi subordinada a Zoghbi. Araújo reagiu ao afirmar que Zoghbi e Denise, além de terem sido ouvidos separadamente, voltarão a prestar depoimento à Polícia Legislativa no dia 19 de maio. "Como determina o Código de Processo Penal, os depoimentos foram colhidos separadamente. A presença de um representante do Ministério Público só vem a corroborar e contribuir com as investigações. Todavia, a sua ausência não prejudica ou invalida a atividade policial", afirma Araújo em nota. Segundo o diretor, a Polícia Legislativa do Senado investiga as denúncias de Zoghbi reveladas à revista "Época". O casal disse à revista que o ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia comandou um esquema de corrupção com desvios de verbas da instituição. Depois de prestarem depoimento aos policiais, o casal recuou e disse por meio do seu advogado que não confirmaram as denúncias à Polícia Legislativa --o que irritou Virgílio. O advogado do casal Zoghbi, Antônio Carlos de Almeida Castro, disse que a Polícia Legislativa do Senado concentrou os depoimentos no fato do casal ter revelado a existência do um esquema de desvios de verba na Casa. Como Zoghbi e Denise negaram as denúncias, os policiais não questionaram o casal sobre a acusação de que o ex-diretor usou o nome de sua ex-babá para ocultar os filhos como verdadeiros donos da empresa Contact, que atuava como correspondente de bancos no mercado de empréstimo consignado no Senado.

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